Ministério da Economia pede avanço de reformas depois do anúncio da Ford

Créditos: Divulgação/Ford

Entidades do setor produtivo se posicionam quanto a decisão da montadora que anunciou o encerramento das atividades no país

Depois do anúncio da montadora Ford em desativar as fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP), o Ministério da Economia lamentou a decisão em nota divulgada hoje (12). A pasta declarou que a decisão da empresa não vai de acordo com a recuperação na indústria nos últimos meses, e que o avanço das reformas estruturais poderia ter ajudado a manter as atividades da empresa no país.

“O Ministério da Economia lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil. A decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise”, divulgou a pasta em comunicado.

De acordo com a equipe econômica, o executivo tem se preocupado com os custos de manutenção de corporações no país, para isso, o governo tem promovido ações para reduzir o capital e gerar mais oportunidades para os negócios. Entretanto, a pasta pediu aprovação de reformas que modernizem a economia brasileira. “O ministério trabalha intensamente na redução do custo Brasil com iniciativas que já promoveram avanços importantes. Isto reforça a necessidade de rápida implementação das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais”, concluiu o texto.

Repercussões

Entidades do setor produtivo vão de acordo com o pensamento, e destacaram a importância da aprovação de reformas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) frisou que a reforma tributária, deve ser a maior preocupação para diminuir o entrave à competitividade do setor industrial brasileiro.

“O Brasil tem que lutar para melhorar sua competitividade, pois, além das fábricas, há toda uma cadeia automotiva que inclui redes de concessionárias, fornecedores de partes e peças e diversos outros serviços. Essa decisão reforça a urgência de se avançar na agenda de competitividade e redução do custo Brasil”, destacou em comunicado o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo se manifestou dizendo que o encerramento das atividades da Ford representa “uma triste notícia para o país”. A entidade comentou sobre a alta tributação sobre os automóveis praticada no país.

“A alta carga tributária brasileira faz diferença na hora da tomada de decisões. O custo de cada automóvel produzido aqui, por exemplo, dobra apenas por conta dos impostos”, informou a Fiesp. “Precisamos urgentemente fazer as reformas estruturais, baixar impostos e melhorar a competitividade da nossa economia para atrair investimentos e gerar os empregos de que o Brasil tanto precisa”, concluiu a entidade em nota.

*Com informações da Agência Brasil

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