Estudo identifica coronavírus na retina 

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Foto: Zehra/Pixabay

A pesquisa inédita foi conduzida por pesquisadores da Unifesp e da UFRJ

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), identificou a presença de partículas do coronavírus na retina de pacientes doentes. 

A pesquisa inédita foi publicada na última quinta-feira (29/7) na revista científica JAMA Ophtalmology e o coordenador da pesquisa, o professor Rubens Belfort Jr, em conjunto com o Wanderley da Silva, da UFRJ, aponta que “a descoberta revela um biomarcador importante talvez relacionado à presença do vírus em outras partes do organismo e causador de outras doenças provocadas pelo coronavírus”.

Os pesquisadores, entre julho e julho de 2020, analisaram as retinas de pessoas que morreram em decorrência da covid-19 e compararam com fotos dos olhos desses pacientes quando vivos, e assim, foi possível traçar um paralelo e encontrar diferenças e formas para constatar a presença do vírus a partir da retina.

Os resultados do estudo podem contribuir no entendimento e no enfrentamento das sequelas causadas pelo SARS-CoV-2. De acordo com os pesquisadores, a presença das partículas virais na retina reforça que o vírus pode estar relacionado a diferentes formas de doença, inclusive, neurológicas. Outro ponto é a possibilidade de se constituírem locais de persistência viral.

“Agora, está claro que após a infecção inicial no sistema respiratório, o vírus pode se espalhar por todo o corpo, atingindo diferentes tecidos e órgãos. Assim, as descobertas podem ajudar a elucidar a fisiopatologia do vírus e seus mecanismos etiológicos, o que pode permitir melhor entendimento das sequelas da doença e pode direcionar alguns caminhos de pesquisas futuras”, concluíram Belfort Jr. e Wanderley de Souza.

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