Os testes começam ainda neste mês e contará com 2 mil brasileiros voluntários.
O Brasil está entre os países selecionados para participar dos testes de eficácia da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford contra a Covid-19. A ação faz parte de um plano de desenvolvimento global para desenvolver vacinas, e o Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar a fórmula desenvolvida na Inglaterra.
O estudo será conduzido pelo Centro de Referência para Imunológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os testes nos voluntários participantes começam ainda em junho e serão realizados apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A etapa de testes brasileira contará com voluntários da linha de frente do combate à Covid-19, os mais expostos à contaminação, entretanto, os voluntários não podem ter sido infectados em outra ocasião.
O procedimento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio do Ministério da Saúde. Além do Brasil, outros países estão em processo de análise e aprovação para participação nos testes.
“Os estudos iniciais não clínicos em animais e os estudos clínicos de fase 1 em humanos para avaliar a segurança da vacina foram realizados na Inglaterra e os resultados demonstraram que o perfil de segurança da vacina foi aceitável”, disse a Anvisa.
Os resultados da atual fase de testes são essenciais para o registro da vacina no Reino Unido. No entanto, o registro formal só deve acontecer após a conclusão dos estudos realizados em todos os países participantes.
A Universidade de Oxford já tem um acordo com conglomerado farmacêutico AstraZenca, multinacional sueco-britânica, para produção e distribuição mundial da vacina assim que estiver concluída.