Vacina Infantil, isolamento e vacina após contaminação por Covid: o que diz o CDC?

Nos Estados Unidos, a recomendação do CDC para o período de isolamento pode ser de apenas 5 dias e o intervalo indicado para vacinação após contaminação também é menor

CDC
João, de 08 anos recebe sua primeira dose de Pfizer em Brasília-DF. Foto: divulgação.

No Brasil, muitas pessoas ainda estão em dúvida sobre a vacinação infantil, e o Ministério da Saúde e a ANVISA  já emitiram suas orientações. Enquanto isso, o CDC (Centro de Controle de Doença e Prevenção dos Estados Unidos) orienta que pessoas acima de 5 anos de idade estão aptas para receber o imunizante aprovado pela FDA, independente do histórico de infecção sintomática ou assintomática pelo SARS-CoV-2. 

A agência  ressalta que para o grupo de 5 a 11 anos, a covid-19 causa uma doença severa. Crianças com ou sem doenças pré-existentes podem ter complicações causadas pelo vírus e assim, a vacinação surge como uma estratégia importante. Segundo o CDC, “a resposta imune após a vacinação COVID-19 é mais confiável, consistente e previsível”. 

O imunizante pediátrico da Pfizer/BioNtech foi aprovado para uso pelo FDA, agência correspondente à Anvisa no Brasil, no fim de outubro do ano passado. Naquele momento, a FDA destacou para pais e responsáveis que a vacina pediátrica apresentou 90.7% de eficácia para prevenir a covid-19 no grupo de pessoas de 5 a 11 anos. 

Até então nos Estados Unidos, 19% das crianças na faixa etária de 5 a 11 anos já completaram o ciclo vacinal, e 28,4% receberam a primeira dose. De acordo com o último censo americano, este grupo corresponde a 28,8 milhões de pessoas, sendo assim, cerca de 5,4 milhões de crianças foram vacinadas com as duas doses da vacina contra a Covid-19.

Segurança da Vacina em Crianças

No fim do ano de 2021 foi publicado um artigo sobre a segurança da vacina em crianças de 5 a 11 anos, e os pesquisadores revisaram os dados da vacinação deste grupo. No período analisado, de 3 de novembro a 19 de dezembro, foram administradas 8,7 milhões de doses e os efeitos colaterais foram brandos, incluindo dor de cabeça e dor no local. 

De acordo com a análise realizada, “eventos adversos graves foram raramente relatados” e duas mortes chegaram a ser registradas em crianças com condições crônicas, contudo, “não foram encontrados dados que sugerissem uma associação causal entre morte e vacinação”.

Os pesquisadores reafirmam a importância da imunização em crianças de 5 a 11 anos, “A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a infecção por COVID-19”. 

As crianças que já tiveram Covid-19 devem ser vacinadas 

O CDC recomenda a vacinação Covid-19 para todos com 5 anos ou mais, incluindo aqueles que já tiveram Covid-19. Evidências emergentes  indicam que as pessoas obtêm melhor proteção ao serem totalmente vacinadas em comparação com recém-infectadas com Covid-19.

Segundo o CDC, as crianças  que foram contaminadas por Covid 19 devem esperar para serem vacinadas até que cumpram os critérios para interromper a quarentena ou o isolamento, que segundo recomendação do órgão americano é de  5 dias completos após o seu teste positivo, caso a criança esteja sem sintomas, ou apresente sintomas leves. Sendo o dia “zero” o primeiro dia de sintoma da criança.

Tempo de Isolamento e Quarentena

A variante Ômicron levantou um questionamento: qual é o tempo de isolamento necessário para pessoas infectadas pela nova cepa do coronavírus? E as assintomáticas? O período precisa ser ainda de 14 dias? 

A variante Ômicron trouxe um novo protocolo e encurtou o tempo de isolamento e quarentena. Nos Estados Unidos, o período pode ser de 5 dias seguidos de mais 5 dias fazendo o uso de máscara devidamente ajustada ao rosto. 

O CDC atribui a diminuição devido ao monitoramento do comportamento da nova cepa, que tem um tempo de incubação menor quando comparado com a Delta, de 2 a 4 dias. As taxas de internação e mortalidade, como vem sendo observado em outros países, incluindo o Brasil, é menor do que nas primeiras ondas da covid-19. A redução vem sendo associada à aplicação das doses de reforço das vacinas contra a doença.

O CDC pontua que “embora muitas pessoas tenham a intenção de se auto-isolar, tanto o isolamento quanto a quarentena são desafiadores; especialmente no contexto em que muitas infecções são assintomáticas. Estudos sugerem que apenas uma pequena porcentagem de pessoas (25-30%) se isola por 10 dias completos”

No dia 4 de janeiro, a agência atualizou as recomendações e indicou o isolamento mais curto, de 5 dias, para pessoas assintomáticas e levemente doentes. O mesmo período vale para quem foi exposto ao vírus e apresenta sintomas leves, independente do status de vacinação. O CDC reforça que é preciso usar a máscara mesmo dentro de casa, isto evitaria a contaminação de outras pessoas.

Após os 5 dias de quarentena, se a pessoa não apresentar mais sintomas, o isolamento pode ser encerrado (usando mais 5 dias de máscaras depois). Todavia, caso o indivíduo tenha sintomas, como febre, as precauções precisam ser continuadas até o décimo dia. E o CDC ainda recomenda: evite viajar e evite estar próximo a pessoas de alto risco para a Covid-19. 

Realizar o teste para a Covid-19 também está entre as recomendações, sendo indicado para quem está com sintomas e para aqueles que estão assintomáticos, mas tiveram contato com alguém doente.

Mais considerações sobre o isolamento, segundo o CDC:

  • Se possível, fique longe de pessoas com quem você mora, especialmente pessoas que correm  maior risco  de ficar muito doentes com COVID-19, bem como outras pessoas fora de sua casa durante os 10 dias completos após seu último contato próximo com alguém com COVID-19 .
  • Se você não puder ficar em quarentena, use uma  máscara bem ajustada  por 10 dias quando estiver perto de outras pessoas em casa e em público.
  • Se você não puder usar uma máscara quando estiver perto de outras pessoas, continue em quarentena por 10 dias. Evite pessoas  imunocomprometidas ou com alto risco de doença grave , e lares de idosos e outros ambientes de alto risco, até pelo menos 10 dias.

 

OBS.: As informações escritas neste artigo foram baseadas em documento público divulgado pelo Centro de Controle de Doença e Prevenção dos Estados Unidos. Tais informações não substituem recomendações médicas e orientações indicadas por órgãos do governo brasileiro. 

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