Libertadores: Athletico busca empate, elimina Palmeiras e está na final

Furacão faz valer vantagem construída na Arena da Baixada e volta à decisão após 17 anos

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Terans comemorando o gol que levou o Furacão à final da Libertadores – Foto: Reprodução/Twitter

Após 17 anos, o Athletico-PR está de volta à final da Libertadores. Nesta terça-feira (6), o Furacão empatou por 2 a 2 com o Palmeiras no Allianz Parque, em São Paulo, no segundo jogo da semifinal. A equipe rubro-negra fez valer a vantagem conquistada na partida de ida, há uma semana, na Arena da Baixada, em Curitiba, onde venceu por 1 a 0.

Em 29 de outubro, no estádio Monumental de Guayaquil (Equador), os paranaenses terão nova chance de buscar o título continental, que esteve perto em 2005. Na ocasião, o Athletico perdeu a decisão para o São Paulo. Na partida de ida, empate por 1 a 1 no Beira-Rio, em Porto Alegre (na época, a Arena da Baixada não atendia à exigência mínima de 40 mil lugares). Na volta, o Tricolor goleou por 4 a 0 no Morumbi, na capital paulista.

O Athletico frustrou o sonho palmeirense de repetir o São Paulo de Telê Santana, último clube a chegar a três decisões seguidas do torneio sul-americano, entre 1992 e 1994. Pode, ainda, tornar-se o primeiro campeão inédito desde o Atlético Nacional (Colômbia), em 2016, além de o 11º time brasileiro a levantar a taça mais importante do continente.

Lesões e suspensões

As equipes foram a campo nesta terça com novidades em relação à partida de ida. No Palmeiras, Bruno Tabata foi o escolhido do técnico Abel Ferreira para o lugar de Raphael Veiga, que trata uma entorse no tornozelo direito. O também meia Gustavo Scarpa, por sua vez, ficou na vaga do atacante José López, recolocando Rony no comando ofensivo. Do lado do Athletico, Luiz Felipe Scolari escalou o volante Erick na vaga de Hugo Moura, expulso na Arena da Baixada. Com Felipão suspenso, o Furacão foi dirigido pelo auxiliar Paulo Turra.

O jogo

Coube às duas novidades alviverdes iniciar e concluir a jogada que abriu o placar. Aos três minutos, Bruno Tabata desarmou o atacante Agustín Cannobio e lançou o também meia Zé Rafael, que avançou pela esquerda e cruzou rasteiro. O zagueiro Pedro Henrique não conseguiu cortar e a bola sobrou para Gustavo Scarpa mandar para as redes. Refeito do baque precoce, o Athletico tentou sair mais para o jogo, mas esbarrou na atuação fraca do setor de meio-campo, que cedeu espaços para contra-ataques alviverdes, com Scarpa e os atacantes Dudu e Rony abusando da velocidade.

Apesar de ter menos espaços que no jogo de ida, o atacante Vitor Roque era o principal nome do Furacão e foi responsável pelos dois cartões recebidos pelo time da casa. Primeiro, um amarelo ao volante Gabriel Menino, aos 39 minutos. Depois, aos 45, um vermelho direto, com a participação do árbitro de vídeo (VAR), mostrado ao zagueiro Murilo. A expulsão revoltou os palmeirenses, que reclamaram de o mesmo critério supostamente não ter sido adotado em uma cotovelada de Alex Santana em Rony, aos 26 minutos. O volante levou amarelo.

Mesmo com um a menos, o Palmeiras chegou ao segundo gol no retorno do intervalo. Aos nove minutos, o lateral Marcos Rocha cobrou lateral na área pela direita, pertinho da linha de fundo, na cabeça do zagueiro Gustavo Gómez, que superou Fernandinho pelo alto e cabeceou por cima de Bento. O volante não demorou a se redimir. Saiu dos pés dele o lançamento, aos 18 minutos, para Vitinho, na área, pela esquerda. Ele cruzou, Vitor Roque ajeitou e o também atacante Pablo (que tinha acabado de entrar, no lugar de Erick) descontou.

Empurrado pela torcida, o Verdão não recuou e manteve o jogo equilibrado, apesar da desvantagem numérica. O Athletico subiu as linhas e passou a rondar mais a área palmeirense, ainda que com pouco espaço para finalizar. Quando encontrou a brecha, chegou ao empate. Aos 39 minutos, o meia David Terans, outro a sair do banco, recebeu de Pablo próximo à entrada da área e chutou. A bola desviou no lateral Piquerez, enganando Weverton e silenciando a maioria dos 40 mil torcedores presentes no Allianz. Gol e classificação histórica rubro-negra.

*Reprodução de Agência Brasil

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