Na ocasião, soltei uma polêmica no antigo grupo de e-mails: “O garoto amarelou, não suportou a pressão”, ou algo do tipo. Posso dizer que queimei a língua, rsrsrs!! Hoje Elia é um chef premiado, com trabalho reconhecido no Brasil e no exterior, e se prepara para um novo salto na carreira: a inauguração da Babbo Osteria (@babboosteria), em Ipanema, programada para o final de agosto.
“Esse é um momento de virada de chave: significa sentar do outro lado da mesa, pagar boleto, ser responsável diretamente por várias famílias. O Elia chef de cozinha agora é um empresário que precisa manter uma empresa saudável, com um RH saudável, etc. É muita responsa, muda a pressão”.
Com certeza, mas parece que Elia é acostumado com pressão: no grupo 14Zero3 foi chef executivo de nada menos que 7 restaurantes; chefiou áreas vips na Copa das Confederações e na Copa do Mundo no Brasil; cuidou dos caterings da Vila Olímpica em 2016, com mais de 300 mil atendidos nas casas da Suíça e Canadá – e também do famoso torneio de Roland Garros.
Entre indicações e prêmios, coleciona o de chef revelação pela revista Veja Rio em 2015 e uma estrela do Guia Michelin em 2017, quando comandava a cozinha do Laguiole: “foi um divisor de águas”. Com toda essa experiência acumulada e um nome mais do que consolidado no mercado, o jovem de 38 anos – que chegou a cursar 2 anos de direito mas se formou em gastronomia na Estácio – se lança de coração aberto e cheio de entusiasmo no comando da Babbo Osteria. O nome da casa é uma homenagem ao “papai”, de origem italiana.
“Babbo porque é um resgate da minha infância. Nasci na Suíça italiana, então cresci falante de italiano desde os 2 anos. É também uma homenagem à cultura da Itália e suas contradições: tradição e modernidade, sacro e profano, sofisticado e rústico. Osteria porque é um restaurante descontraído, bom, confortável, com bons drinks, uma bela carta de vinhos, uma boa trilha sonora, com um ambiente lindo! Um lugar onde você será ser bem recebido e atendido.”
A casa que abriga o empreendimento fica na Barão da Torre 632, onde já funcionou o Salitre, e conta com um grande diferencial: é a única do Rio com adega subterrânea. Lá, Elia apostará não apenas nos vinhos, mas também em queijos, charcuteries e produtos da casa. Já deu água na boca, não? 😉
DICA CARIOCA
Com o avanço da campanha de vacinação e a gradual reabertura das casas noturnas, nossas dicas culturais podem, enfim, começar a incluir os shows presenciais! E minha primeira dica vai para o lendário “templo do samba” no coração da Lapa: o tradicional Bar Carioca da Gema (@barcariocadagema), que reabriu ontem suas portas. A casa foi uma das grandes responsáveis pelo renascimento do samba no bairro mais boêmio do Rio, há 21 anos, e oferece desde então muita música de qualidade, ótimos petiscos e cerveja extremamente gelada. Por enquanto, a casa abrirá de quinta a sábado, com os shows iniciando às 21h. Thiago Cesário Alvim é um dos sócios e está animado, mas também mostra preocupação:
“A tendência é reanimar os negócios, embora a situação seja delicada por conta de 1 ano e 5 meses fechados. Abrimos só 50 dias neste período e contamos apenas com uma ajuda do Governo Federal. O prejuízo é grande e o público da noite vem retornando aos poucos. Vejo também com preocupação a mudança do perfil musical da Lapa: o samba e o choro perderam muito espaço para uma música de menor qualidade. Mas tenho fé que resistiremos às dificuldades e seguiremos em frente para mais 21 anos de Carioca da Gema”. Thiago Cesário Alvim, empresário.
O Carioca da Gema é parada obrigatória para quem busca o genuíno samba Carioca. Divirta-se e contribua com a cultura nacional!
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