2020 pode ser um ano para pensar em investimentos?

Como ficam os investimentos em 2020?
A pandemia do coronavírus abriu a porta para um cenário de incertezas econômicas. Será que 2020 pode ser um ano para pensar em investimentos? E onde investir?

Sem respeitar fronteiras, o coronavírus se espalhou pelo mundo e trouxe uma série de incertezas econômicas em todo o mundo. No Brasil ainda existe um quadro de instabilidade política. O atual contexto provoca o seguinte debate: 2020 pode ser um ano para pensar em investimentos? Onde investir?

O analista de investimentos da Capital Research, Samuel Torres, traz luz para as questões acima. Se os títulos públicos pareciam uma opção viável aos investidores, agora, eles passaram a ser uma escolha de risco. 

O especialista destaca que: “Com as incertezas da política econômica brasileira no momento, o que inclui as reformas econômicas que ainda precisam ser aprovadas – como a administrativa e a tributária –, achamos bastante arriscado o investimento em títulos públicos prefixados com vencimento acima de três anos”, ele ainda explica “isso porque, no momento atual, há chances de essas reformas não serem nem mesmo votadas no Congresso, o que provavelmente pioraria as expectativas em relação às contas públicas brasileiras, e só digo provavelmente porque já existe uma certa precificação disso atualmente no mercado”.

Investimentos a curto, médio ou a longo prazo?

Diante do atual cenário, considerando os impactos do coronavírus na economia, a inflação deverá se manter baixa, assim, Torres não recomenda “no curto prazo, comprar títulos indexados à inflação pensando em vendê-los rapidamente”.

Para quem pensa em investir a médio prazo, o analista acredita que “a inflação pode ser bem maior do que o mercado está atualmente prevendo, de maneira que mesmo quem mantiver títulos de renda fixa prefixados até o vencimento, pode obter rentabilidade inferior à inflação, apesar de obter uma taxa nominal positiva.”

Já a longo prazo, os títulos indexados à inflação podem ser mais interessantes. Segundo o especialista, “dado que, se mantidos até o vencimento, o risco é muito baixo e sua rentabilidade aumentaria com a inflação. Entretanto, ressaltamos que, quanto maior o prazo de vencimento, mais os preços desses títulos variam conforme mudam as taxas demandadas pelo mercado, de maneira que, se vendidos antes do vencimento, também há o risco de retorno negativo”.

O analista financeiro finaliza com a seguinte recomendação: “apesar de a taxa Selic estar próxima de zero, descontada a inflação e considerando o provável novo corte em junho, ainda é muito importante manter sua reserva de emergência em renda fixa pós-fixada de baixíssimo risco, como no Tesouro Selic ou fundos DI de taxa zero, para garantir a liquidez e o contrapeso de risco da sua carteira de investimentos.”

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