Trabalhadores ouvidos reportaram altos níveis de satisfação
Pesquisa da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), ouviu 1.566 profissionais em home office e aponta potencial de expansão do trabalho em home office no Brasil, pós pandemia da covid-19.
Segundo o estudo, os trabalhadores ouvidos reportaram altos níveis de satisfação com seu trabalho em casa e uma percepção de que seu desempenho foi impactado positivamente com a modalidade do teletrabalho: 70% disseram que gostariam de continuar trabalhando de forma remota depois da pandemia; 19%, que não gostariam; e 11%, que são indiferentes.
De acordo com um dos coordenadores do estudo, professor da USP André Luiz Fischer, o isolamento, desencadeado pela pandemia da covid-19, serviu para destravar a migração do trabalho no escritório para a casa.
“Foram quebradas várias barreiras cognitivas que dificultavam essa migração. Além disso, o isolamento provocou um aprendizado forçado e imediato de ferramentas que antes apenas conhecíamos como facilitadoras de conversas e encontros virtuais sociais. Tornaram-se instrumentos de trabalho e deram certo”, destacou.
Entre as principais vantagens do home office para os colabores estão a maior flexibilidade do horário e o fim do deslocamento até o escritório. Pessoas que, antes, gastavam mais de uma hora no transporte público ou no trânsito, por exemplo, podem utilizar esse tempo para outras atividades. Muitos profissionais relatam, também, que têm conseguido se dedicar mais à família.
Segundo a pesquisa, os entrevistados têm, em média, 40 anos de idade, e oito anos na empresa atual, alta qualificação e ocupam posições de chefia. Os salários das pessoas ouvidas giram em torno de R$ 9,4 mil. As entrevistas foram feitas entre os dias 27 de maio e 3 de junho.
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*Com informações da Agência Brasil