Pesquisa internacional comprova a existência da Covid Longa

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Foto: Pixabay

A Covid Longa é uma realidade entre muitos pacientes que foram contaminados pelo vírus SARS-COV-2. O fenômeno agora tem comprovação científica

Dor de cabeça, fadiga, dores no corpo, esquecimentos, problemas respiratórios são alguns dos sintomas conhecidos da Covid Longa, caracterizada pela persistência dos sintomas apesar da cura da infecção. Apesar dos relatos de diversos pacientes, muita gente por aí não acredita na existência do tal ‘fenômeno’. 

Agora, um grupo de pesquisadores de instituições americanas provou biologicamente a existência da chamada Covid Longa. A professora de Yale Akiko Iwasaki explicou, pelo Twitter, os principais pontos do estudo que ganhou um artigo publicado nesta quarta-feira (10). Intitulado “Características distintivas da Covid Longa identificadas por meio de perfis imunológicos”, o artigo ainda está em formato preprint, assim, a pesquisa ainda aguarda revisão e validação de outros cientistas.  

O documento começa explicando que: 

“A infecção por SARS-CoV-2 pode resultar no desenvolvimento de uma constelação de sequelas persistentes após uma doença aguda chamada sequela pós-aguda de COVID-19 (PASC) ou Long COVID. Indivíduos diagnosticados com COVID Longa frequentemente relatam fadiga incessante, mal-estar pós-esforço e uma variedade de disfunções cognitivas e autonômicas; no entanto, os mecanismos biológicos básicos responsáveis ​​por esses sintomas debilitantes não são claros. Aqui (no estudo), 215 indivíduos foram incluídos em um estudo exploratório e transversal para realizar fenotipagem imunológica multidimensional em conjunto com métodos machine learning para identificar as principais características imunológicas que distinguem o Long COVID”.

A professora Akiko destacou as principais descobertas da pesquisa realizada pelo grupo de cientistas. Entre elas está o fato de que os baixos níveis de cortisol são um fator previsível que pode definir a Covid Longa e prever a severidade da doença. 

O médico Eric Topol comentou, no Twitter, um dos aspectos da pesquisa que mostra que a redução nos níveis dos hormônios cortisol e ACTH são “intrigantes”, e “pode ajudar a explicar alguns sintomas e servir como um potencial biomarcador”. 

professora Akiko Iwasaki acredita que a pesquisa poderá contruibuir tanto para o diagnostico quanto para o tratamento da Covid Longa. 

“Esperamos que nosso estudo seja informativo para outros que trabalham na área. Precisamos de validação entre os nossos pares. Também esperamos que esses dados ajudem aqueles que ainda estão céticos a entender que a COVID Longa é real e tem base  biológica.”, disse.

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