ObservaDF: Pesquisa avalia a saúde no DF durante a pandemia

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Em janeiro, o GDF inaugurou uma nova UPA, localizada em Vicente Pires, a unidade terá a capacidade de realizar mais de 4 mil atendimentos por mês, um reforço para a população do DF que conta e precisa da rede pública. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Estudo realizado por pesquisadores da UnB aponta a desigualdade no sistema de saúde durante a pandemia de Covid-19, e aponta que 90% da população de baixa renda não tem acesso a serviços de saúde de qualidade

Os serviços de saúde se tornaram ainda mais importantes após março de 2020 com a chegada do coronavírus no país. Pesquisadores da Universidade de Brasília criaram o projeto ObservaDF, ligado ao Instituto de Ciência Política da instituição, que realizou um levantamento de dados de acordo com a mortalidade por região administrativa desde o início da pandemia.

O grupo irá apresentar os dados da pesquisa “Pandemia de Covid-19 e as desigualdades em saúde no Distrito Federal” nesta quinta-feira (10), às 10h, no YouTube. O estudo relacionou o risco de morte pela doença e as condições socioeconômicas dos moradores do Distrito Federal.  

Os pesquisadores verificaram que 64% da população não tem acesso a um plano de saúde, e quando se verifica o mesmo quesito nas regiões de baixa renda, o percentual chega aos 90%. 

Com relação à mortalidade no ano de 2021, verificou-se em todos os grupos das regiões administrativas do DF um aumento da taxa de óbito por Covid-19, em especial na faixa etária de 20 a 79 anos.

Entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021, houve um crescimento de 48% no número de estabelecimentos de saúde no DF. No entanto, 97% dos novos empreendimentos são de empresas privadas, e a população brasiliense, em sua maioria, ainda depende do Sistema Único de Saúde.

Os pesquisadores do ObservaDF, Lúcio Remuzat Rennó Junior, Ana Maria Nogales Vasconcelos, Andrea Felippe Cabello, Frederico Bertholini Santos Rodrigues e Guilherme Viana, fizeram algumas recomendações para os atores públicos, com a intenção de fortalecer as ações na área da saúde e garantir o bem-estar da população. Para os acadêmicos, é fundamental fortalecer a Atenção Primária à Saúde.

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