Guarda compartilhada durante a pandemia. E agora?

Guarda compartilhada. E agora?


O distanciamento social impacta a todos, mas como ficam os pais divorciados? Como resolver a guarda compartilhada?  

O coronavírus mudou a rotina das pessoas e das empresas também. Uma questão importante que precisa ser debatida é: como ficam os pais que compartilham a guarda dos filhos? 

O advogado Paulo Akiyama aconselha que os pais podem compartilhar a convivência com os filhos. Neste momento, como em outros, é importante adotar medidas de segurança para a saúde de todos. “É imperativo que seja mantido um diálogo respeitoso, evitando judicializar o assunto e com foco na segurança de seus filhos”, destaca.

Sabendo que o tempo de incubação do coronavírus é  em torno de 14 dias. Essa informação é importante para que se leve em consideração a divisão do tempo com cada genitor. Sendo assim, a sugestão do advogado é que a criança passe 15 dias com cada genitor. Durante esse período é fundamental manter os cuidados, lavar as mãos, adotar o distanciamento social e medir a temperatura diariamente.

Advogado Dr. Paulo Akiyama aconselha como os genitores podem agir neste momento de pandemia

Mas e se os pais forem contra o distanciamento social? Dr. Paulo destaca que antes de qualquer coisa é preciso preservar a saúde dos filhos e das pessoas com quem se convive. “Neste caso específico, tendo provas de que há alguma exposição indevida da criança ao risco de contaminação, uma das soluções é requerer uma liminar buscando o isolamento social da criança”, afirma.

Durante este período, não é aconselhável o acesso a pessoas do grupo de risco ou de idade avançada, como avós e avôs. Mas se um dos genitores tiver o contato diário com idosos, a recomendação é redobrar o cuidado, afinal, eles são do grupo de riscos, e as crianças, em sua maior parte, são assintomáticas.

Em um momento como esse, também não é necessário pensar em revisão de guarda ou pensão. “Os pais devem continuar arcando com as responsabilidades ainda que estejam com atividades paralisadas. Mesmo que os filhos estejam passando mais tempo com um dos genitores e houve alguma queda na receita, o ideal é negociar valores antes de procurar judicializar a questão, já que nem sempre isso traz conforto a ambos os litigantes”, finaliza.

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