Madonna no Grammy Awards

Nos últimos dias, Madonna foi foco da mídia sobre o seu visual na entrega do Grammy Awards. Infelizmente, o destaque foi sobre a imagem da Diva que ostentava uma caricatura de si mesma.

A reflexão sobre o assunto nos obriga a voltar a um tema recorrente, o tempo.

Imagino o deus Chronos debruçado sobre a situação da mulher. Faria ele uma análise sobre os subterfúgios da Diva para burlar o tempo? Talvez ele possa nos socorrer e acalmar os sentimentos humanos sobre o envelhecimento, nos lembrando do significado da troca de colágeno por rugas. Afinal, a vida requer o tempo.

O que diria o deus do tempo? Aconselharia Madonna a aceitar as rugas? Ou lembraria aos reles mortais regras sobre aceitar a decisão do próximo sem julgamentos?

Encarar o espelho não é uma tarefa fácil. Envelhecer é dar um passo para uma nova etapa da vida, resgatando não a aparência física, mas o que acumulamos ao longo dos anos.

Talvez a ideia equivocada de vincular juventude à sexualidade possa ser a origem da grande batalha travada pela Diva Madonna. Ela, que tomou para si o sexo como bandeira, aparece hoje transmutada para manter de alguma forma sua antiga imagem. Mas, isso é problema de outra Deusa…

Madona, assim como todos os seres incríveis que andam por essa terra, envelheceu. Diria Chronos que a velhice é um desejo a ser perseguido?

Meu desejo é que possamos envelhecer com alegria e com prazer, lúcidos ou não, isso não está em nosso controle, mas com a dignidade necessária para que não sejamos caricaturas de nós mesmos.

 

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