Empresa brasiliense submete testes de varíola do macaco à aprovação da Anvisa

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Foto: Freepikte

São dois testes desenvolvidos pela CPMH, o primeiro foi protocolado no fim de julho, o PCR MoneyPox e o segundo oferece a testagem rápida. Nenhum dos produtos são voltados para autotestagem

A varíola do macaco é uma realidade em diversos países do mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que desde maio de 2022 casos começaram a ser reportados, em locais em que a doença não é endêmica, como é o caso de países da Europa. No Brasil, com o surgimento de pessoas infectadas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou a receber pedidos de registro de testes para diagnosticar a monkeypox.

Entre os pedidos está o feito pela CPMH Produtos Hospitalares. A empresa de Brasília enviou dois testes de detecção da varíola dos macacos à Anvisa. Os pedidos já estão em análise técnica na agência.

O primeiro teste, protocolado no dia 30 de julho e com pedido formalizado no último dia 2, é do tipo PCR-Monkeypox, fabricado pela BioGerm e destinado para testagem em laboratório. Já o segundo, um teste de antígeno, fabricado pela Bioscience, oferece uma testagem rápida feita por profissionais de saúde. Este foi protocolado no dia 09 de agosto e teve o pedido oficializado no dia seguinte (10). Vale destacar que os dois produtos são de uso profissional, ou seja, não são destinados à autotestagem, e não serão comercializados diretamente para os pacientes.

Até o momento, não existe um teste específico para detecção da doença no Brasil. Os grandes laboratórios utilizam metodologia própria para chegar à conclusão do diagnóstico. O teste antígeno apresentado pela CPMH, já utilizado na Europa, é capaz de detectar o vírus da monkeypox por meio da proteína A29L, com a coleta feita diretamente na lesão com auxílio de um swab (cotonete).

 Após aprovação, a previsão da CPMH para a importação inicial é de 2 milhões de unidades do teste PCR e 3 milhões de unidades do teste antígeno. Todo o processo para reunir a documentação necessária para comprovar a segurança e eficácia dos produtos à Anvisa levou cerca de 30 dias.

Anvisa

Além dos pedidos de registro enviados pela CPMH, a agência já recebeu, pelo menos, mais outros seis pedidos para o diagnóstico de Monkeypox. Empresas da Espanha, China e do Brasil estão aguardando a análise do corpo técnico da Anvisa.

Número de Casos

O Ministério da Saúde, por conta do período de eleições, não tem dados atualizados com relação ao número de casos no país. No último levantamento de junho, consta apenas 21 casos.

De acordo com relatório da OMS, de 10 de agosto, o número de casos confirmados por laboratório no mundo é de 27.814, com 11 mortes, uma delas no Brasil. Ainda segundo o documento, no país são 1.721 casos identificados.

Os casos avançam na Europa, com mais de 16 mil pessoas infectadas, e na região das Américas, com mais de 10 mil casos. 

Atualmente, não há nenhum tratamento específico para a varíola dos macacos, contudo, de acordo com a OMS, medicamentos antivirais podem ser usados para tratar a infecção. 

Prevenção

Algumas recomendações de prevenção com relação à varíola do macaco já são conhecidas, como a higiene das mãos e o uso de máscaras. 

Uma das formas de contágio tem sido as relações sexuais, assim, a recomendação é o uso de preservativos. 

Importante que as pessoas se afastem de quem apresentem sintomas, como febre e lesões na pele.

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