Caiado propõe lockdown alternado em Goiás.

Caiado
Governador Caiado em videoconferência com autoridades e pesquisadores da UFG. Foto: Divulgação Secom-GO

A proposta é proibir as atividades por 14 dias e, depois, liberar pelo mesmo período.

O Governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), em coletiva nesta segunda-feira (29), pediu o apoio dos prefeitos para um lockdown intermitente. A orientação é fechar o comércio e serviços não essenciais por 14 dias, seguidos de reabertura destes serviços por outros 14, a começa a partir dessa terça-feira (30/06).

“Temos que trabalhar em sistema de mutirão, com todas as nossas forças convergindo para um único objetivo: não atingirmos esse número de óbitos projetados.” Afirmou o governador logo após a apresentação de um estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG), que apontou que o estado deve chegar setembro com 18 mil mortes ocasionadas pela Covid-19, caso medidas mais rígidas de isolamento não forem adotadas a partir de agora.

No entanto, apesar da orientação do governo estadual, há uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante autonomia aos municípios. Por este motivo, cada prefeitura terá liberdade de decidir quais medidas adotará, ou não, no combate ao novo coronavírus.

Caiado acrescentou ainda que deixará à disposição dos prefeitos o efetivo das forças policiais do Estado para assegurar que o sistema de fechamento/abertura do comércio seja cumprido, principalmente nos municípios onde há maior incidência de casos de Covid-19.

Casos de coronavírus

Goiás é um dos estados menos afetados pela pandemia em todo o Brasil. Conforme último boletim epidemiológico, divulgado na segunda (29), pela Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), Goiás tinha mais de 23 mil casos confirmados de coronavírus, sendo 437 mortes.

Ainda com dados divulgados pela SES-GO apontam que 86,67% dos leitos de UTI em todo Estado estão ocupados. De acordo com o titular da Secretaria, Ismael Alexandrino, o índice ideal de funcionamento de uma UTI é de 85% de ocupação para que o trabalho possa ser realizado sem atropelos. “Eu sei que alguns aspectos fora da Saúde são fundamentais, principalmente sociais e econômicos, mas nós temos que achar um ponto de equilíbrio entre eles”, ponderou o secretário.

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