Você conhece o sistema de correção do Enem?

 

Créditos: Tânia Rego/Agência Brasil.

Quem já fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), deve ter se perguntado como aquelas milhares de prova são corrigidas e pontuadas. O método utilizado para o sistema de correção do exame é chamado de “Teoria de Resposta ao Item” (TRI). No modelo, mesmo tendo consciência de quantos acertos ou erros, não é possível saber a nota final. Conhecida como “antichute”, a fórmula pode ser usada a favor dos candidatos, principalmente na hora de responder questões de exatas”.

“A dica geral é que acertar as questões fáceis dá mais pontos para o estudante. Como ele pode lidar com isso? Focando em acertar as questões fáceis. Na prática, na hora da prova, isso significa pular as questões difíceis. O Enem é uma prova que tem muitas questões e pouco tempo para resolver cada questão. Então, se perder muito tempo em uma questão difícil, isso não vai dar muito ponto no final e não vai valer tanto a pena”, explica o diretor de ensino do cursinho online Me Salva!, André Corleta.

Nesse domingo (17), aconteceu a prova de linguagens, ciências humanas e redação. No próxima dia (24), os estudantes farão em cinco horas, as questões de ciências da natureza e de matemática. Todos os exames são objetivos, de múltipla escolha e possuem 45 questões.

Para escolher as questões, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) usa um banco de questões que é regularmente abastecido. Cada questão escolhida passa por um teste antecipado com um grupo de estudantes, assim, é classificada conforme o grau de dificuldade. Desta forma, torna-se possível produzir vários exames do Enem com questões diferentes, mas com o mesmo nível de dificuldade.

O professor de física do pré-vestibular online Descomplica, Rafael Vilaça, explicou que o TRI leva em consideração a coerência da prova. O sistema espera que o estudante que acertou questões muito difíceis, tenha acertado também as mais fáceis. Caso isso não aconteça, o TRI entende que as questões foram chutadas, isso faz que o candidato pontue menos em cada questão. “A primeira dica é, então, identificar as questões fáceis de cada disciplina”, diz Vilaça.

“Essa metodologia funciona muito bem quando se tem essa diferenciação entre questões fáceis e difíceis explícita. Isso acontece mais no segundo dia de prova, quando se tem matemática e ciências da natureza. Entre as humanidades [no primeiro dia de prova] é mais difícil”, complementa Corleta. Questões que demandam muitos cálculos e operações complexas são, geralmente, mais difíceis.

A orientação de Vilaça para o estudantes conseguir estar em conformidade com o sistema de correção, é garantir as questões fáceis. Se tiver dúvidas e insegurança na hora de marcar alguma alternativa, pule para a outra e depois retorne. “Sempre estimulo os alunos a tentar fazer as questões teóricas, não que sejam mais fáceis mas levam menos tempo e fazem com que se garanta as questões fáceis e teóricas e, também, uma coerência na prova”, diz o professor.

Para o educador, nenhuma questão deve ser deixada em branco. Em último caso, o estudante deve chutar. “O chute é sempre melhor que deixar em branco. Nunca deixe. Porque mesmo que não esteja tão coerente a prova pelo fato de ter chutado a questão, se chutar e tiver a sorte de acertar, isso não significa que perderá ponto, mas que a questão valerá menos. Se deixar em branco, é zero”, finalizou.

*Com informações da Agência Brasil.

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