Para a educadora financeira Simone Sgarbi, RendA+, do Tesouro Direto, é título ideal para quem não tem disciplina para poupar ou para gastar, porque permite deixar investimentos programados e propicia que os rendimentos sejam recebidos aos poucos de forma mensal
Para quem se preocupa com o futuro e já planeja agora uma renda extra que vise garantir uma velhice com poucos apuros financeiros, novos produtos de investimentos financeiros são sempre bem-vindos. O mais recente destes deles é o RendA+, nova opção de investimento do Tesouro Direto.
A educadora financeira Simone Sgarbi diz se tratar de uma boa sugestão para um perfil de investidor mais conservador e sem muita experiência no assunto. “Trata-se de investimento simples e seguro, que funciona como qualquer título de tesouro direto. A diferença é que no vencimento do título, a pessoa não recebe o dinheiro investido todo de uma vez e sim em 240 parcelas mensais”, explica.
De acordo com Simone, o RendA+ é indicado também para quem não tem muita disciplina para poupar e nem para gastar. “Isto porque, o título permite deixar os investimentos programados e propicia que os rendimentos sejam recebidos aos poucos de forma mensal”, destaca.
Como funciona o RendA+
O RendA+ é um título de aposentadoria, que permite ao investidor garantir uma renda mensal durante 20 anos. Tendo em vista esse intervalo de recebimento, o produto oferece oito datas de conversão para o início do recebimento. São elas: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065. Cada data necessita de um valor mínimo de aporte. Quanto maior for o prazo de término do investimento menor a quantia. Por exemplo, o Tesouro RendA+ 2065 exige o mínimo de R$ 30,40. Já o Tesouro RendA+ 2030 requisita R$ 44,91.
Como o pagamento não é feito em parcela única, mas em parcelas mensais, garante-se ao investidor a correção mensal do valor pela inflação, para que ele mantenha seu poder de compra durante esses 20 anos em que recebe sua renda extra. É permitido também ao investidor que ele faça mais aportes até chegar a data da conversão de renda escolhida.
O novo título do Tesouro ainda permite que o investidor negocie seu título livremente mesmo quando já estiver recebendo suas parcelas mensais. O valor da venda acompanhará o preço do mercado e o investidor só poderá fazê-lo após 60 dias da data de liquidação da compra do título. No que se refere à tributação, apenas os rendimentos do título sofrerão esta carga, seguindo a tabela regressiva do Imposto de Renda, com alíquotas variando entre 22,5% e 15%.
Outra facilidade oferecida pelo RendA+ é a isenção da taxa de custódia (uma espécie de “aluguel” pago à B3 – Bolsa de Valores Brasileira – para que o dinheiro fique guardado) a quem recebe até seis salários-mínimos a partir da data de conversão do título. Já o investidor que queira resgatar o dinheiro antes do vencimento precisa pagar a taxa, que será de 0,50% ao ano sobre o valor resgatado em um período inferior a 10 anos, de 0,20% ao ano entre 10 e 20 anos e de 0,10% ao ano em um intervalo superior a 20 anos.
A educadora financeira Simone Sgarbi destaca os principais pontos que fazem o novo título valer à pena para quem almeja uma renda extra, sem grandes custos e sustos:
- a possiblidade de investir pequenos valores;
- permissão para programar investimentos recorrentes;
- opção de escolher a data de início do recebimento da renda mensal;
- rendimento da aplicação sempre acima da inflação;
- renda mensal de longo prazo (20 anos) a partir da data escolhida;
- marcação a mercado se quiser vender o título antes da data acordada;
- recebimento da taxa contratada, caso mantenha o título até o vencimento.