Reaproveitamento de materiais escolares é tendência para 2021

Créditos: Arquivo/Agência Brasil

Empresa oferece dicas para os pais e responsáveis que vão reutilizar materiais aproveitados nos anos anteriores

O início do ano chegou. Há muito se fala sobre a volta às aulas presenciais e quando isso vai realmente acontecer. Com a promessa que os alunos voltem às salas de aula em 2021, torna-se importante a aquisição de materiais escolares. Neste ano, as compras deverá ser diferente e a expectativa é que o reaproveitamento seja a principal tendência entres os pais e responsáveis.

Mãe da pequena Manuella de 3 anos, a farmacêutica, Ingrid Gabrielle, diz que não pretende comprar muitas coisas para a filha. “Sempre tive muito materiais escolares em casa. Com a insegurança deste ano, não dá pra comprar muitas coisas por não saber quanto tempo ela vai de fato usar. As aulas podem voltar agora, podem voltar mais tarde, podem voltar agora e logo serem interrompidas. É um cenário bem instável. Se eu for comprar serão itens indispensáveis, como os livros”, disse Ingrid.

No mês de janeiro, a Procuradoria de Defesa do Consumidor (Procon) realizou a pesquisa de valores do material escolar para este ano. Os dados apontaram uma variação de 194,69% entre a soma dos produtos mais baratos e mais caros nas oito papelarias consultadas. O item de maior variação é o esquadrão plástico de 21 cm, que pode variar de R$ 0,99 a R$ 8,68. Em comparação com o ano anterior, o kit com 23 produtos escolares subiu 0,84% nos mais baratos e 2,04% nos mais caros.

Ao todo, foram pesquisados 23 produtos básicos nas relações de materiais escolares: apontador, borracha, dois modelos de cadernos pequenos, cadernos de desenhos, dois modelos de caderno universitário, massa de modelar, canetas, cola, esquadro, cartolina, lápis de escrever e de cor, alguns modelos de papel, pincel, régua, tesoura e tinta guache. No total, a faixa mais barata chega a R$ 39,75 e mais cara fecha no valor de R$ 117,14.

Produtos de uso coletivo

Créditos: Arquivo/Agência Brasil

Na lista de materiais, as escolas, conforme determina a Lei nº 12.886 de 26 de novembro de 2013, não podem exigir a aquisição de qualquer item escolar de uso coletivo, como itens de escritório, de higiene ou de limpeza. Os colégios também não podem exigir a aquisição de produtos de marca específica.

“Se for material de insumo da escola, que será usado na administração, geralmente não pode, mas se for um material que o aluno vai usar em sala de aula, individualmente, ou em grupo, a escola pode pedir. A gente sempre fala para os pais questionarem a escola se virem na lista material de limpeza. Questionarem a escola ‘vai ser usado em que?’. Por exemplo, pode ser pedido uma escova de dente e pasta dental para ensinar a higiene bucal, ou seja, se for para fins pedagógicos tudo bem, se não for, de forma alguma podem pedir para os pais”, alerta a pesquisadora do Procon, Valéria Garcia.

Aprender para a Vida

Voltado para esse contexto de início de ano, a fabricante de materiais escolares, Mercur, elaborou uma campanha de educação a partir do tema “Aprender para a Vida”. O objetivo é reforçar a educação como processo contínuo com reflexos e ensinamentos que vão além da sala de aula.

Para isso, a empresa quer transmitir a possibilidade de transformar o contato com as listas de materiais escolares em uma oportunidade de crescimento e aprendizagem.  Para a Pedagoga que atua na Mercur, Márcia Murillo, trata-se de um convite que incentiva a olhar para o que sobrou e não desprezar esse material que muitas vezes se torna “velho”. É uma forma de cuidar o que temos hoje, pensando no que pode durar muito mais tempo, enfatiza.

Veja algumas dicas para reutilizar os materiais e contribuir na preservação ambiental:

Desperdício

A melhor dica para evitar o desperdício é reutilizar o que pode ser reaproveitado. Lápis podem ser apontados e canetinhas ou marcadores secos podem receber algumas gotas de álcool de limpeza ou água para voltar a funcionar.

O mesmo pode ocorrer com o giz de cera. Existem muitas técnicas que ensinam a reaproveitar o material.  Basta separá-los por cor, colocar em formas de silicone ou metal e levar ao forno. O tempo de derretimento depende do tamanho dos pedaços de giz. Geralmente, entre 3 e 7 minutos é suficiente. Quando estiver totalmente derretido, retire do forno e aguarde esfriar.

Mochilas e estojos podem ser repaginados e receber desenhos e bordados. Tudo é uma forma diferente de ver as coisas. O mesmo pode ser feito utilizando bótons que comuniquem algo que o estudante gosta.

Origem dos Produtos

Saiba mais sobre a responsabilidade ambiental adotada na empresa dos produtos que está comprando. Se possível, dê preferência a produtos  feitos com material reciclado pós-consumo. Assim você ajuda a diminuir os impactos negativos no meio ambiente. Procure também buscar informações sobre os fabricantes para ter certeza que cuidam bem de seus funcionários, da comunidade e do meio ambiente.

Algumas observações constadas nas embalagens podem ajudar, como conferir se o produto é atóxico ou se possui o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Criatividade

Aproveita as ideias e customize os materiais escolares. A personalização é uma ótima pedida para dar caras novas ao que já foi utilizado. Experiências comprovam que materiais feitos pelas crianças e adolescentes passam a ter outro valor, sobretudo sobre o senso de cuidado e de protagonismo, já que serão peças únicas. Capas de cadernos podem contar com fotos, recortes de revista e desenhos ou ainda é possível encapá-los com tecido e cola. Já as folhas limpas de cadernos velhos podem ser unidas às de outros cadernos e transformadas em uma nova encadernação. Sobras de folhas de cadernos também podem virar blocos de rascunhos e anotações diversas, além da possibilidade de se criar capas coloridas e personalizadas para os mesmos.

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