Papo de Cozinha com Luiz Américo Camargo

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Aula de Pão Pita com Luiz Américo Camargo no Taste Brasília. Foto: Larissa Leite/Portal Contexto

Confira a nossa conversa com Luiz Américo, referência em pães caseiros e curador do Taste Festivals no Brasil

Quando o assunto é o pão caseiro e levain, fermento natural, o nome de Luiz Américo Camargo é uma referência. O jornalista que virou padeiro é autor dos livros: Pão Nosso e Direto ao Pão, ele ainda é curador da edição nacional do Taste Festivals.

Durante a passagem do principal evento gastronômico do mundo, o Taste Festivalsl, pela capital, o Portal Contexto conversou com Luiz Américo Camargo. Confira como foi a nossa conversa: 

Portal Contexto: Brasília é considerada um dos pólos gastronômicos do país, mas como foi a escolha pela capital para receber o Taste? 

Luiz Américo Camargo: Para gente foi muito natural porque, já estávamos acompanhando o cenário de Brasília faz tempo e medimos o interesse do público por gastronomia, a avidez por novidades, eu estava acompanhando a consistência dos restaurantes e o profissionalismo de todo o cenário, sem falar do bioma cerrado, tão rico, não é? Então, essa mistura toda de ser cosmopolita e estar no coração do Brasil para a gente foi determinante, e de ter um mercado maduro, percebemos como um mercado maduro de gastronomia.

Portal Contexto:  Não podemos deixar de pontuar que o evento traz uma  mistura muito rica, com presença de chefs da capital e com chefs de fora da cidade e grande conhecidos do público, como Carole Crema. Sendo assim, uma outra característica de Brasília, uma cidade construída e vivida por pessoas de várias partes do país. 

Luiz Américo Camargo: Verdade, a gente está com dezenas de chefs dando aula e a gente está com restaurantes, os mais diversos, a gente tem um clássico como o Dom Francisco que tem 33 anos, o Lagash, temos novidades como o Ouriço e o Almería. Esse conjunto de jovens com veteranos que estão em grande forma, esse conjunto de gente que pesquisa o cerrado como Simon Lau, Ana Paula Jacques, Gil Guimarães, que além de ser um curioso do cerrado, é um especialista em pizza napolitana, são chefs que estão em Brasília, mas que nasceram em várias partes do Brasil inclusive. Francisco vem de Santa Catarina, o Gil é mineiro, o Petrarca nasceu no Sul e são todos brasilienses de coração. Então para gente é a cara de Brasília é essa, brasileiros de muitos lugares interagindo, colônias internacionais e o coração do Brasil que é o Cerrado.

Portal Contexto: Durante o tour feito para a imprensa, ouvimos que os ingressos para o festival já estão no terceiro lote, mostrando que o Taste Brasília promete ser um sucesso na primeira edição. Como a organização percebe a receptividade do público? 

Luiz Américo Camargo: Estamos achando ótima a receptividade, pode vir que ainda tem ingresso, mas não dá para bobear porque em São Paulo, onde o Taste já tem seis anos, os ingressos acabam antes do dia, mas já estamos consolidados por lá, aqui tem, mas dá para bobear. Talvez no segundo fim de semana falte (ingresso), então, eu recomendo garantir já no primeiro fim de semana, venha e se gostar, volte, tem tanta coisa para comer, tanta aula para ver que eu acho que uma visita só é pouco.

Portal Contexto: Mudando um pouquinho de assunto, durante a pandemia, muitas famílias, pessoas foram para a cozinha aprender algumas receitas e colocar a mão na massa. Entre as receitas, podemos citar o levain (fermento natural) e uma dúvida comum que vemos, especialmente, para os dias frios que estão fazendo na capital é: como fazer o levain reagir com temperaturas mais amenas?

Olha, a dica é a seguinte: fazer várias alimentações seguidas, então, pega um pedacinho dele e mistura, como conta a minha receita, com água e farinha, espera reagir, depois pega mais um pedacinho e alimenta de novo. E a dica é, no frio, não usar água quente, mas dar uma quebradinha no gelo, então, se você misturar um pouquinho de água morna, 25 a 30 graus, ele (o fermento) vai dar uma bela subida. 

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