Verdão faz o único gol da partida aos 53 do segundo tempo e comemora no Maracanã
A obsessão acabou. O Palmeiras é bicampeão da Libertadores com um roteiro de fortes emoções para o torcedor nesta reta final.Se na semifinal os alviverdes golearam o River Plate por 3×0 na ida e tomaram sufoco nos 2×0 para os argentinos na volta, desta vez o time não deu show, nem tomou tanto sufoco.
Ambas equipes não tiveram uma boa atuação ofensiva, se respeitaram bastante do início ao fim do jogo, tanto que o jogo todo teve três chutes a gol. Sendo assim, o jogo foi decidido por detalhes e com o tento de um herói improvável, Breno Lopes, responsável pela única finalização certa do Porco no jogo. Com isso, a partida realizada no último sábado no Maracanã ficou no 1×0.
Primeiro tempo
O primeiro período da grande final foi marcado por muito equilíbrio. Cuca, técnico do Santos, foi conservador e optou por um time mais marcador ao escalar Sandry reforçando o meio. Contudo, foi o time da baixada santista que começou levando mais perigo ao gol de Weverton, no chute de Pará. Logo em seguida, o Porco equilibrou o jogo criando chances com Rony e outra com Gómez de cabeça. A partida estava muito concentrada no meio de campo, até os 36 minutos. Quando o lateral-direito Marcos Rocha achou o meia Raphael Veiga na área. Ele bateu, mas a bola só assustou o goleiro John. Como resposta, Marinho quase abriu o placar para o Santos.
Segundo tempo
Logo aos dois minutos, o atacante Luiz Adriano saiu na cara com o arqueiro do Santos. Entretanto, a jogada foi construída em posição irregular. Cinco minutos depois, Gabriel Menino cruzou na área, mas Rony não alcançou a bola que abriria o placar para o Verdão. Aos 13 foi a vez do Santos reagir. Soteldo rolou para Marinho numa jogada ensaiada. O camisa 11 da Vila cruzou na área e encontrou o zagueiro Lucas Veríssimo sozinho, mas ele desviou para fora.
Aos 18, Veiga mandou uma bomba de fora da área. A bola bateu na rede do Santos, mas pelo lado de fora. Aos 31, o Santos teve duas chances para abrir a vantagem. Pituca bateu forte da entrada da área e o goleiro Weverton salvou. Na sequência, Felipe Jonatan mandou uma bomba de muito longe e a bola raspou a trave esquerda do gol palmeirense.
Aos 50 aconteceu um lance polêmico que a história do jogo. Cuca tentou atrasar a reposição de bola do Palmeiras e acabou tomando uma rasteira de Marcos Rocha fora do campo e recebeu o cartão vermelho. Depois de muita reclamação sobre a punição do árbitro, o jogo recomeçou e o Rony, pela direita, deu um passe milimétrico, colocando a bola na cabeça de Breno Lopes. O centroavante ganhou no alto do pequeno Pará, que nada pôde fazer, e encobriu o goleiro santista com um toque no contrapé dele.
Ou seja, quis o destino ou os “Deuses do Futebol” – chame como quiser – que um atleta recém chegado no clube marcasse o gol histórico do título tão almejado pela diretoria e pelos torcedores. Para se ter uma noção, Breno chegou ao clube no dia 10 de novembro numa negociação com o Juventude, de Caxias do Sul. Depois do tento, faltavam aenas três minutos para o final da partida que acabou com a festa palmeirenses e as lágrimas de lamentação dos dos santistas.
Foco no Mundial
Agora o foco dos palmeirenses é o tão sonhado Mundial de Clubes. O torneio já se inicia nesta quinta-feira (4). O primeiro do Palmeiras será no domingo (7) contra o vencedor de Tigres do México e Ulsan Hyundai do Catar. A decisão do terceiro lugar e a grande final estão marcadas para quinta-feira (11).