Era um domingo de manhã e decidimos almoçar fora, meio em cima da hora – principalmente em se tratando de um casal com uma filha de 2 anos. Juntamos também ao grupo a “Galera da Lelê”, que inclui o avô postiço da Leandra e a vódrinha (minha madrinha e também avó postiça da Leandra). Liguei para o Ocyá a fim de reservar uma mesa, mas infelizmente as reservas já estavam esgotadas. A saída era tentar chegar cedo e pegar uma das 3 ou 4 mesas sem reservas disponíveis. Conseguimos levantar acampamento em tempo recorde e logo os dois Ubers já haviam chegado no local onde se pode pegar os barquinhos para a Ilha da Gigoia e outras. Fica ali ao lado shopping Barra Point, na altura do numero 350 da Avenida Armando Lombardi.
Ficamos para o segundo barco e os bilhetes custavam R$ 6 reais. Fazia tempo que eu não ia à Ilha da Gigoia. A última vez foi há uns 3 ou 4 anos, para um aniversário no Spotlab – casa do skatista Bob Burnquist que tem pista de skate, hamburgueria, bar e muito maneiro. A simples ida à ilha já é, por si, uma atração: a área de preservação ambiental proporciona a conexão com a calma da natureza em pleno caos urbano, uma verdadeira ilha de paz. Minha madrinha Leila é carioca veterana e, vejam só, nunca havia ido à Ilha da Gigoia. Carioca é mesmo assim: mora em uma cidade tão cheia de atrações que, muitas vezes, passam despercebidas na correria diária.
Mas desacelerar é necessário e o passeio começou bem, já que conseguimos garantir uma mesa que, se não ficava junto ao mar, pelo menos estava protegida do sol. Para abrir os trabalhos, provamos o pão de alho de camarão na brasa com crocante de panko (R$ 43). Achei bem gostoso e todos na mesa também. A casa dispõe de um bar estiloso, e eu quis provar o drink da casa: “Yby” (R$ 29). A descrição no cardápio diz que a palavra tupi guarani significa TERRA, o chão verde onde se pisa. O drink leva Gin Tanqueray, maxixe, hortelã, xarope de melão, limão taiti, água tônica e é servido em um copo com uma pintura vegetal em cor azul. “Misturamos ingredientes que crescem em contato com a terra para trazer este coquetel extremamente fresco, frutado, floral e levemente adocicado e amargo”. O sabor é surpreendente, com predominância do xarope de melão.
Curioso para provar outras opções do cardápio, incluí na entrada a lula na brasa recheada com cebola, tomate e manjericão fresco (R$ 59). Gostei da consistência da lula e o sabor acentuado da entrada me fez pensar em uma cerveja para acompanhar. Mas o drink estava de bom tamanho. À essa altura, Leandra se divertia vendo os barquinhos passarem junto com a vódrinha. Um “refresco” para o pais que aguardavam o prato principal. A minha escolha foi o polvo na brasa com arroz cremoso de tomate tostado com farofa panko (R$ 89). Sou apaixonado por polvo e aprovei o do Ocyá. O acompanhamento também chegou junto, talvez pudesse ser um pouquinho mais farto.
E para fechar bem, pedimos o bolo de coco assado no forno à lenha com creme anglaise de capim santo e doce de leite (R$ 29). A descrição do cardápio é perfeita: molhadinho e gelado! O creme de capim santo é realmente uma atração à parte, um deleite para os sentidos! Chegada a hora de voltar, a equipe do restaurante gentilmente solicitou um dos barquinhos responsáveis pelo transporte, ao custo de R$ 6 por pessoa. Embarcados, ouvimos queixas de um grupo de pessoas que não havia conseguido mesa (ou a mesa que eles queriam) no Ocyá, e que estavam bastante chateados. Portanto, vale a pena fazer reserva e chegar cedo para evitar estresse. No mais, é só tranquilidade e alegria! 🙂
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