Mulheres aumentam presença no mercado de trabalho do DF em 2024, mas ainda enfrentam desigualdades

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Em alusão ao Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram, nesta quarta-feira (12), um estudo que analisa a presença das mulheres no mercado de trabalho do DF.

O levantamento revelou um avanço na participação feminina no trabalho remunerado entre 2023 e 2024. A taxa de participação das mulheres – ou seja, o percentual da população feminina em idade ativa que está inserida no mercado – subiu de 57,8% em 2023 para 58,3% em 2024. Apesar do crescimento, a desigualdade de gênero ainda persiste, com taxa de participação masculina bem superior (73,3%).

A pesquisa também mostra um avanço na redução do desemprego feminino, que caiu 0,7 ponto percentual em relação ao ano anterior, chegando a 17,3% em 2024. Ainda assim, as mulheres continuam enfrentando mais dificuldades para se inserir no mercado, já que a taxa de desemprego entre elas é 4 pontos percentuais maior que a dos homens.

📌 “O estudo reforça a importância de ações voltadas para ampliar o acesso das mulheres ao mercado de trabalho, reduzir as desigualdades salariais e promover mais oportunidades de crescimento profissional para todas”, destacou a equipe do IPEDF durante a apresentação dos resultados.

Mulheres enfrentam maior tempo de busca por emprego

Outro dado relevante do estudo aponta que, além de uma taxa de desemprego mais alta, as mulheres enfrentam um tempo maior de busca por emprego. O levantamento mostrou que, em média, uma mulher desempregada no DF leva cerca de 11 meses para conseguir uma nova ocupação, enquanto os homens levam cerca de 9 meses.

Onde as mulheres estão trabalhando no DF?

A pesquisa analisou a distribuição das mulheres por setores da economia e identificou que a maior parte atua no setor de serviços (53,1%). No entanto, a presença feminina ainda é reduzida em setores como:

🔹 Construção civil: 5,1% das trabalhadoras
🔹 Indústria de transformação: 32,8%
🔹 Comércio e reparação: 41,1%

Já no setor público, as mulheres seguem como maioria em diversas áreas, principalmente na saúde e educação.

Salários das mulheres cresceram, mas desigualdade persiste
A pesquisa também analisou os rendimentos das mulheres no Distrito Federal. Em 2024, os salários das trabalhadoras do setor privado cresceram 6,5%, com destaque para:

✔️ Trabalhadoras sem carteira assinada: aumento de 17,5%
✔️ Trabalhadoras com carteira assinada: crescimento de 4,8%

No setor público, o reajuste foi menor, com alta de 1,7% nos rendimentos das mulheres. Entre as trabalhadoras autônomas, o aumento chegou a 16,8%. Já no emprego doméstico, os salários subiram 3,2%.

Apesar do crescimento, a desigualdade salarial entre homens e mulheres persiste. Os dados indicam que, mesmo com avanços na inserção e na remuneração, a equidade no mercado de trabalho ainda é um desafio a ser superado.

Comemoração do Dia Internacional da Mulher reforça importância do estudo

Mesmo com o avanço da participação feminina no mercado, a desigualdade de gênero ainda persiste, principalmente na taxa de desemprego e na remuneração. Segundo os especialistas, para reduzir essas disparidades, é necessário investir em políticas públicas de incentivo à contratação feminina, bem como promover ações para aumentar a equidade salarial entre homens e mulheres.

📌 Leia o relatório completo da pesquisa: Acesse aqui

📌 Assista à apresentação completa do estudo no YouTube: Clique aqui

 

 

 

 

 

 

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