Ministério da Saúde já negociou mais de 350 milhões de doses da vacina contra Covid-19

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Imagem da transmissão da coletiva do Ministério da Saúde realizada pela TV Brasil

A vacinação contra a covid-19 segue o plano dos três cenários, apresentado anteriormente pelo ministro. O Ministério da Saúde confirmou que o Brasil já tem doses suficientes para atender a população

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, confirmou que o governo já negociou mais de 350 milhões de doses da vacina contra a covid-19. A afirmação foi feita durante a coletiva realizada na tarde desta quinta-feira. O chefe da pasta ainda deu outros detalhes das negociações, mas o início da vacinação ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O ministro em tom de crítica à imprensa brasileira, esclareceu a relação da pasta com os fabricantes e laboratórios e detalhou os acordos e os investimentos até então.

“O Brasil é único país da América Latina com parque fabril de vacinas de grande porte. Nós estamos investindo na linha de produção há meses, são as linhas do Butantan e da Fiocruz. A relação com a Fiocruz é diária e a relação com o Butantan é tão forte (quanto). O Butantan, se não o maior, é o segundo maior fabricante de vacinas para o Ministério. Nós somos o grande cliente do Butantan”, afirmou Pazuello.

Como apresentado, o governo brasileiro já garantiu mais de 350 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Pazuello detalhou o acordo com a Oxford/Astrazeneca via Fiocruz, e explicou que a parceria de transferência de tecnologia garantirá que o país se torne autossuficiente na produção dos imunizantes. 

Com relação à CoronaVac, Pazuello não descarta a compra da vacina para uso nacional, e afirmou que já garantiu 46 milhões de doses até abril e 54 milhões até o fim do ano, tendo assim, 100 milhões em 2021.

De acordo com o chefe da pasta, a vacina da Fiocruz poderá ser aplicada em dose única, o que facilitaria o acesso a mais brasileiros.

O país ainda está no Covax Facility, consórcio da Organização Mundial da Saúde, que facilitaria a aquisição de vacinas dos dez laboratórios participantes.

Mensalmente, o Brasil teria capacidade de produzir 30 milhões de vacinas por mês, estas seriam produzidas pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan.

O ministro ainda citou outras vacinas, como as desenvolvidas pela Índia e pela Rússia e não descartou a negociação com os laboratórios, assim como não tirou a Pfizer da mesa. 

Presidente da República

Pazuello ainda defendeu o Jair Bolsonaro durante a coletiva, segundo o ministro, ele vem sendo questionado sobre as ações do chefe do executivo, e ele disse: “o presidente preside o nosso país e assina cada centavo. Todos os atos de seus ministros são por delegação dele”.

*Matéria atualizada em 8.01.2020 – às 16h

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