O governador Ibaneis Rocha deverá recorrer mais uma vez da decisão
Nesta quinta-feira (8), o desembargador federal Antônio de Souza Prudente determinou a volta das medidas restritivas no Distrito Federal (DF). O magistrado defende o lockdown como ação para frear a transmissão da covid-19 e também, para desafogar a rede de saúde do DF. Segundo a determinação escolas, academias, escritórios deverão ser fechados.
A decisão do desembargador concorda com a da juíza Kátia Balbino de Carvalho Ferreira. Na ocasião, o governador Ibaneis Rocha recorreu e conseguiu manter a reabertura das atividades. Espera-se que o chefe do Palácio do Buriti recorra mais uma vez para reverter a determinação de Souza Prudente.
O lockdown no DF, de acordo com o desembargador, deverá ser mantido “até que passe a relaxá-las gradualmente em data futura APENAS quando concomitantes duas circunstâncias; primeiro, seja comprovado nos autos a ocupação de não mais que 70% (setenta por cento) dos leitos de UTI, adultos e pediátricos disponíveis no sistema, segundo, seja atingida meta de redução contínua de novos casos e mortes em virtude da COVID -19 por ao menos duas semanas.”
O desembargador defendeu a harmonia entre os poderes e destacou a defesa do direito à vida e à saúde.
Aqui neste momento, a abordagem é, tão somente, uma proteção em relação ao direito de saúde da população.
Ainda que, em momento anterior, não se tenha vislumbrado omissão por parte do Governo do Distrito Federal na adoção de medidas necessárias ao enfrentamento da pandemia decorrente do novo coronavírus, os números atuais, infelizmente, revelam o contrário.
Importante que se tenha em mente que não se trata apenas de números, mas de pessoas que, lamentavelmente, vieram à óbito e de pessoas que aguardam na fila de espera por uma vaga de leito de UTI e se agonizam nos corredores dos hospitais
Números da Covid no DF
Os dados da Secretaria de Saúde do DF indicam que a taxa de ocupação total dos leitos da Covid-19 está em 95,12%. O número de casos confirmados da doença é de 352.552 e 6.459 mil pessoas perderam a vida.