Indústria veterinária é autorizada a produzir vacinas contra a Covid-19

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O imunizante Astrazeneca/Oxford poderia ser produzido pela indústria veterinária no Brasil. Foto: BraňoUnsplash

O potencial de produção da indústria veterinária seria de 400 milhões de doses em 90 dias

A lei que autoriza os parques farmacêuticos da indústria veterinária a produzir vacinas contra a Covid-19 foi sancionada no dia 16 de julho e de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), o potencial de produção é bastante promissor, a expectativa seria entregar  400 milhões de doses de vacinas da Covid-19 em 90 dias.

Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou de uma reunião para debater a norma com o presidente, Jair Bolsonaro, e os senadores Wellington Fagundes e Nelson Trad. 

“Poderemos produzir vacinas com outras plataformas diversas às que nós já produzimos aqui. Por exemplo, a AstraZeneca é a plataforma do vetor viral recombinante. Nós podemos, dentro desses parques, produzir vacinas por plataformas de proteínas, ou até mesmo de RNA. Isso diversifica e fortalece as nossas estratégias de enfrentamento à pandemia da Covid-19”. Queiroga.

Com a nova legislação, a oferta de vacinas poderá ser ampliada, além disso, a norma também aproveita a estrutura dos parques industriais para o enfrentamento da pandemia. O governo federal busca avançar a campanha de vacinação no país e fazer com que o Brasil tenha o papel de liderança na América Latina, auxiliando os vizinhos com a imunização das populações.

Mas para que a indústria farmacêutica possa produzir os imunizantes será preciso seguir os critérios sanitários, dentre as exigências estão biossegurança e a separação das linhas de produção da vacina animal e da humana. Esses locais deverão estar fisicamente distantes em todas as etapas de produção, incluindo o envasamento, etiquetagem, embalagem e armazenamento.

“Para que os parques de vacinação animal produzam vacinas para seres humanos é preciso o aval das autoridades sanitárias, a exemplo da Anvisa. Isso mostra e sinaliza fortemente o compromisso do governo com o fortalecimento do complexo industrial da saúde. Esse contexto da pandemia mostrou que o Brasil não deve se contentar somente em importar insumos, sobretudo na área de vacinação que é uma área estratégica. Isso ajudará a fortalecer o Programa Nacional de Imunizações e também ao Brasil assumir a sua condição de líder global na produção de vacinas e, assim, poderemos ajudar os países da América Latina”, explicou o ministro.

Em maio deste ano, uma comitiva do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) visitou as instalações da fábrica Ourofino, que possuiu certificado de biossegurança nível quatro e poderá ser uma das unidades que poderá produzir os imunizantes contra a covid-19.

Números da vacinação no Brasil

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, já foram aplicadas 134.648.621 milhões de doses no país, destas 96.560.204 correspondem à primeira dose e 38.088.417 já receberam a segunda dose ou dose única da vacina contra a covid-19.

Ainda segundo as informações da pasta, a população vacinável, pessoas acima de 18 anos, do país seria de 158.095.094 milhões de pessoas. Sendo assim, o Brasil ultrapassa a marca de 60% da população vacinada com a primeira dose.

O ministro Marcelo Queiroga indicou que pode o intervalo das doses do imunizante da Pfizer pode ser reduzido, com isto seria possível avançar ainda mais a campanha de vacinação.

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