IBGE: efeitos da pandemia melhoram entre empresas

Comércio no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Empresas de pequeno porte ainda sentem mais os efeitos da pandemia, mas a percepção vem melhorando entre empresas de médio e grande porte

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (15), a quinta rodada da Pesquisa Pulso Empresa, que mede o impacto da pandemia nas empresas. O estudo avaliou a percepção das empresas na primeira quinzena de agosto.

No período avaliado, de 3,2 milhões de empresas em funcionamento, 38,6% ainda vivem os efeitos negativos da pandemia. Para 33,9% das empresas pesquisadas o efeito foi pequeno ou inexistente e, para 27,5% o efeito foi positivo.

As empresas de pequeno porte, de até 49 funcionários, sofrem mais com a pandemia (38,8%). Ao aumentar o porte, melhora a percepção. As empresas, que tem no quadro 50 a 499, sinalizaram que sinalizaram maior incidência de efeitos pequenos ou inexistentes na quinzena – respectivamente 44,7% e 46,6%.

“A cada quinzena aumenta a percepção de efeitos pequenos ou inexistentes ou positivos entre as empresas de maior porte”, destaca Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE.  

Ele explica que a Pulso Empresa é uma pesquisa conjuntural de percepção empresarial, que complementa o entendimento das outras pesquisas conjunturais responsáveis por investigarem mensalmente dados quantitativos do desempenho das empresas. Já a Pulso aborda temas que não são tratados nas pesquisas conjunturais mensais.

“Neste quinto ciclo, relativo à primeira quinzena de agosto, percebemos a manutenção dos efeitos negativos para 38,6% das empresas, com destaque para as de pequeno porte, que permanecem com os maiores impactos. Por setores, o comércio varejista e a atividade de construção são os mais afetados na quinzena. Dentre as regiões, o Nordeste destaca-se com 52% de efeitos positivos relacionados às medidas de flexibilização do isolamento. Já em relação às vendas, a percepção de redução atinge 36,1% das empresas, afetando principalmente o comércio varejista”, resume Magheli.

As empresas dos setores de Construção (47,9%) e de Comércio (46,3%) reportaram as maiores incidências de efeitos negativos na quinzena.  Por outro lado, as empresas industriais (38,9%) informaram impactos pequenos ou inexistentes, e, no setor de serviços, a mesma incidência foi de 41,9%, com destaque para os segmentos de serviços de informação e comunicação (61,5%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (45,6%).  Nesses dois setores, a soma da percepção de impactos pequenos ou inexistentes com a de efeitos positivos é superior a de impactos negativos, com destaque para indústria (67,1%) e serviços (68,3%).

“Não é a primeira quinzena em que a soma da percepção de impactos positivos com impactos pequenos ou inexistente é maior que os negativos. Mas em serviços de informação e comunicação essa percepção subiu de 59% para 80,3%”, observa Magheli.

Entre as grandes regiões, o Nordeste destaca-se pela menor incidência de efeitos negativos (20,4%), e a região é onde ocorre a maior percepção de impactos positivos, passando de 35,3% para 52,0%. Os maiores percentuais de impactos negativos foram no Sudeste (43,6) e no Norte (41,9%), enquanto Sul (39,9%) e Centro-Oeste (39,8%) têm percepção semelhantes.

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