Dona Léa, 98 anos, agora faz parte da estatística positiva. Ela é mais uma paciente recuperada do do coronavírus
No mundo mais de 2,3 milhões de pessoas já se recuperaram do coronavírus. No Brasil, este número, segundo o Ministério da Saúde, passa dos 159 mil. Cada paciente recuperado deixa uma mensagem de esperança, afinal, a covid-19 exige cuidados específicos e não se importa com fronteiras ou origem, podendo infectar qualquer um.
Entre as histórias de pacientes recuperados, está a da dona Léa Almeida de Figueiredo, de 98 anos. Ela recebeu alta na última segunda-feira (25). Foram 16 dias no Centro de Terapia Intensiva (CTI) no Hospital e Clínica São Gonçalo, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A coragem e a luta pela vida tocou toda equipe médica que cuidou da dona Léa. O fisioterapeuta Marcos David conta que a paciente “chegou saturando a 80%” e “segurou firme com muita sabedoria, resiliência, paciência e fé”.
Marcos aproveitou para escrever uma mensagem aos colegas de hospital, e as palavras dele resumem o sentimento neste momento de pandemia: “Em meio a tantas angústias e incertezas, uma mistura de felicidade e certeza de que estamos no caminho certo! Desistir jamais!”
Na linha de frente contra a covid-19
Os profissionais de saúde, que estão na linha de frente no combate ao coronavírus, estão sendo impactados também. Eles precisam lidar com a pressão de salvar vidas e muitos, estão longe da família. Outra preocupação é a quantidade de profissionais infectados pela covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, esse número passa de 30 mil em todo país.
Kátia Simone Cruz Azevedo entrou nesta luta desde o primeiro caso registrado em São Paulo. A gerente de enfermagem do Hospital Edmundo Vasconcelos foi infectada também pelo vírus.
Diagnóstico positivo e Kátia precisou ser internada e precisou passar pelo isolamento. Ela conta que não foram dias fáceis, mesmo conhecendo bem o roteiro desta história. “Fiquei oito dias em isolamento, e foi um momento complicado, mas sempre me mantive confiante”, relata.
“Neste período percebi o quanto os meus colegas de trabalho se empenham em oferecer apoio médico e emocional para amenizar a distância da família e dos amigos, algo absolutamente necessário para a evolução do tratamento e evitar mais contaminações”
Durante a internação, Kátia conta que a equipe de saúde agiu com empatia e positividade e “certamente, isso colaborou para que minha recuperação fosse mais rápida”, disse.
Com a confirmação da cura, Kátia não pensou duas vezes e voltou ao trabalho de assistência no acompanhamento e tratamento de outros pacientes. Com gratidão, a enfermeira passou a ter ainda mais empatia pelos pacientes e ela diz que: “voltei com ainda mais empenho para ajudar a curar outras pessoas que estão passando pelo mesmo problema”.