Durante pandemia, usinas de cana-de-açúcar fecham parcerias para distribuir álcool 70%

Material será oferecido gratuitamente por usinas voluntárias

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) firmou parceria com a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP) e o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) para distribuição de álcool 70% que será produzido por usinas voluntárias associadas. O anúncio foi na última sexta-feira (20), pela Unica. A produção será iniciada nos próximos dias, com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O presidente da Unica, Evandro Gussi, explicou que as usinas vão oferecer o álcool tanto para solução líquida de 70%, para limpeza de superfícies em hospitais, centros de saúde, como para transformação em álcool gel.

Gussi informou que a ABTLP, via Sindicom, entra na parceria buscando o álcool a granel nas usinas e levando para centros de distribuição. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o produto vai para as universidades federais de Porto Alegre, Santa Maria e Pelotas. No Espírito Santo, é a indústria química local que vai receber e processar esses produtos. No Rio de Janeiro, os laboratórios da Marinha e do Exército receberão também partes do produto. Em São Paulo, a Fundação do Remédio Popular (Furpi) e a Natura, entre outras empresas privadas, vão receber esse material, processá-lo e, por meio das secretarias estaduais e municipais de saúde, farão a distribuição.

“Elas vão fazer o processamento e o envasamento, colocando em embalagens menores. Daí as secretarias, com parceiros menores, fazem a distribuição”, explicou o presidente da Unica.

Serão atendidos serviços públicos de saúde, como hospitais, unidades básicas de saúde, hospitais filantrópicos. “Toda a rede do SUS, porque o álcool 70% líquido é um excepcional agente de desinfecção. E nós sabemos que as superfícies, pisos, mesas, maçanetas de portas e tantas outras precisam ser hoje limpas muito mais do que originariamente se fazia. O consumo aumenta exponencialmente”, disse Gussi.

 

*Com informações da agência Brasil

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