
As duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) devem pousar em Wuhan, China, amanhã. A missão deve trazer de volta ao país as 34 pessoas (brasileiros e parentes) que estão no epicentro do surto do novo coronavírus. Hoje (6), o Ministério da Defesa confirmou que os aviões estão em Varsóvia, Polônia, aguardando autorização do controle aéreo chinês.
As duas aeronaves VC-2 aguardam a alocação de um horário para pouso do controle aéreo chinês. De acordo com o ministério, a espera é devido ao alto fluxo de tráfego aéreo no país e das missões internacionais de repatriação, que estão saindo e chegando da região afetada. A expectativa é a chegada na China no final da sexta-feira (7) e o pouso no Brasil, deve acontecer no sábado (8). A previsão é que as aeronaves levem 62 horas no processo de ida e volta, sendo 47 horas de voo.
Cada avião saiu do Brasil com 18 tripulantes. Desses, sete são da área de saúde (seis médicos militares e um ligado ao Ministério da Saúde). “As pessoas que vão embarcar na China estão sadias e sem evidência da doença. Na chegada ao Brasil, serão feitos exames para identificar quaisquer problemas”, disse o responsável pela missão, brigadeiro Damasceno.
Ao retornar ao país todos os passageiros passarão por uma quarentena de 18 dias em Anápolis, (GO), seguindo assim, todos os protocolos para a segurança de todos os envolvidos.
Medidas aprovadas no Senado
Ontem, o Senado Federal aprovou o projeto de lei (PL 23/2020) que estabelece regras e medidas para controle, no território brasileiro, da epidemia do coronavírus. A proposta já tinha passado pela Câmara e agora segue para a sanção presidencial.
O Congresso votou o projeto em regime de urgência para garantir a segurança jurídica do procedimento de quarentena que deverá ser imposto aos cidadãos que apresentarem os sintomas da infecção pelo novo coronavírus.
O projeto aprovado prevê, entre outros pontos, o isolamento para portadores do vírus ou quarentena para os que tiverem suspeitas de contaminação. Os cidadãos isolados terão tratamento gratuito e o direito de serem informados permanentemente sobre seu estado de saúde. O projeto prevê ainda o fechamento de fronteiras, portos e aeroportos para entrada e saída do país e a autorização excepcional e temporária da entrada de produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), caso sejam necessários.
*Com informações da Agência Brasil