Aumento de casamentos homoafetivos no Brasil provoca crescimento pela busca da reprodução assistida

O número de casais homoafetivos oficialmente casados aumentou 61,7% em 2018, tendo como comparativo o ano anterior. Foram mais de 9 mil uniões civil entre pessoas do mesmo sexo constituídas em 2018, contra 5.887 em 2017.

A informação é do Relatório de Estatísticas de Registro Civil 2018, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de dezembro do último ano. Na reprodução assistida também houve aumento nos procedimentos por casais homoafetivos, com desejo de ter filhos biológicos. “Em 2008, o Instituto Verhum realizou apenas um tratamento de reprodução assistida em casais do mesmo sexo. Já em 2018 foram dez casos”, afirma o ginecologista e especialista em reprodução assistida, Vinícius Lopes.

Esta foi a busca de Daniela Gonçalves e Karinny Pessoa. Juntas há 11 anos, sonhando em ter filhos, o casal decidiu optar pela reprodução assistida. No entanto, como destaca o médico, para realizar essa escolha é preciso ter atenção quanto o tempo, “idade e o estado de saúde da mulher que vai fornecer os óvulos e da que terá a gestação, caso sejam pessoas diferentes, são fatores que influenciam muito no sucesso das técnicas de reprodução”, destaca o ginecologista.

Opções para os casais homoafetivos que querem ter filhos

Quando o casal é formado por duas mulheres, existem dois caminhos para ter um filho. Como explica o ginecologista Jean Pierre, é possível recorrer tanto a inseminação intrauterina, quanto a fertilização in vitro (FIV) para gerar uma criança. “No caso da inseminação busca-se por um doador de sêmen anônimo e uma das mulheres é inseminada, a mesma que terá a gestação. Já na FIV ambas podem participar do procedimento, com a utilização dos óvulos de uma parceira para fertilização e a transferência de embriões resultantes para o útero da outra, a que vai gestar. ”, explica o médico.

Daniela e Karinny optaram pela FIV e neste mês vão comemorar os dois meses da filha Anne. A legislação atual permite que casais homoafetivos e pessoas solteiras recorram a procedimentos de reprodução assistida para terem um filho. Essa foi uma atualização do Conselho Federal de Medicina (CFM) para se adaptar ao novo modelo de sociedade e as inovações tecnológicas. O CFM também permite que o casal congele óvulos, embrião ou esperma para que, em caso de morte, o parceiro(a)  com vida possa conceber um bebê com material genético do falecido, desde que tenha autorização prévia.

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