Apagão mundial: Pesquisador pede regulação específica para o setor

 

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Foto: Pixabay/Banco de Imagens

Na última semana o mundo foi surpreendido por um apagão tecnológico. A atualização da CrowdStrike afetou usuários e sistemas, expondo a vulnerabilidade de sistemas inteligentes. O incidente mostra como a uma única falha pode resultar em um problema global e ainda evidencia como os Estados nacionais podem ficar fragilizados na hora de responsabilizar os fornecedores.

Diante deste cenário, Lucas Reis, Doutor em Comunicação e Pesquisador Associado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT-DD), enfatiza que “os sistemas inteligentes se tornaram serviços essenciais para o funcionamento da sociedade, assim como a energia elétrica, o saneamento e a telefonia. No entanto, diferentemente desses serviços, os sistemas inteligentes carecem de uma regulação específica.”

Este incidente ocorre em um momento crítico, quando o Brasil debate a regulação do uso da Inteligência Artificial. Segundo Lucas Reis, “a discussão no legislativo brasileiro está negligenciando o fomento ao desenvolvimento de soluções nacionais, que naturalmente estariam sob jurisdição brasileira, bem como a responsabilização dos fornecedores globais de tecnologia utilizada por cidadãos brasileiros.”

O Projeto de Lei 2338/23 está em discussão em uma comissão temporária no Senado, ainda sem consenso para votação. “Segundo o Goldman Sachs, apenas a IA generativa agregará US$ 7 trilhões ao PIB mundial. Ter uma regulação clara, estratégica e consistente permitirá que o Brasil possa se proteger contra riscos como o de um apagão cibernético e aproveitar o enorme potencial econômico que os sistemas inteligentes podem oferecer,” afirma Lucas Reis.

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