83 KM de resistência: o movimento a favor da saúde mental

O que a corrida tem a nos ensinar? Segundo o médico do esporte e triatleta Fabricio Cavalcante Frauzino, a revolução na mente é muito maior do que o simples benefício físico

Correr 83km de resistência em terrenos acidentados e adversos na Transgrancanaria Advanced 2015, na ilha de Gran Canaria (Espanha), foi muito além do benefício para sua experiência de atleta, mas o ajudou a superar um processo de luto, segundo o médico do esporte e triatleta, Fabricio Cavalcante Frauzino. Em ‘Correndo além da zona da morte’ (Editora Pandorga), o doutor esclarece as mudanças que um exercício pode causar na vida de uma pessoa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é um dos grandes fatores de risco de morte em todo o mundo, juntamente à hipertensão, tabagismo, hiperglicemia, sobrepeso e obesidade.

Mas será só esse o problema? Segundo o médico do esporte, não! O doutor Fabricio destaca a mente como terra fértil e nos mostra que devemos semeá-la com bons costumes.

Quando fugimos de nossas origens, a corrida pelo alimento, por exemplo, nós nos enganamos e deixamos de entrar em contato com a natureza e com a nossa própria essência.

Praticar algo que sabemos que faz bem para nossa saúde (…) é entrar em contato com nossas origens, é participar e sentir nosso processo evolutivo; e com isso, se colocado em uma balança, o desequilíbrio das bandejas pesará em favor dos benefícios e contra os malefícios. – Fabricio Cavalcante Frauzino

Mas por que correr? O doutor explica que essa atividade “nos leva as nossas origens, ao movimento mais ancestral e primal capaz de equilibrar nossas energias. Porque correr é a ação mais antiga e adaptada do corpo humano. O ser humano evoluiu correndo e seu coração está desenvolvido para o movimento (…).”

Ainda, o médico ressalta que por vezes a atividade pode proporcionar a sensação de solidão, principalmente em maratonas, mas isso traz a percepção da própria humanidade, caleja o físico e a parte mental, assim, funciona como uma espécie de válvula de escape para as dores do corpo e da alma, não importa, o pranto será derramado

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