Na realização de mais uma Aspen, representantes do Besc estiveram de perto conferindo as novidades produzidas pela Iconic e como elas contribuem para a transição energética
Na última semana, representantes do Instituto Besc de Humanidades realizaram uma visita técnica à Iconic, em Osasco (SP), para ver de perto o processo produtivo de graxas e lubrificantes. Mais tarde, ocorreu mais uma edição da Assembleia Permanente pela Eficiência Nacional (ASPEN), que teve como tema: ‘Fluidos e graxas: veículos híbridos e elétricos’.
Os conselheiros do Instituto Besc realizaram uma visita técnica à Iconic. Na oportunidade, os representantes puderam levantar questões que, de acordo com Bárbara Câmara, sócia da empresa e representante da Ipiranga, contribuem para o aprimoramento desse setor produtivo.
Após a visita, conselheiros do Besc e representantes da Iconic participaram da 57a ASPEN. Os palestrantes convidados foram: Leandro Laurentino, especialista de Produtos; Leandro Benvenutti, especialista de Produto na Infineum; Paulo Berto, pesquisador de Produtos e a mediadora Fernanda Silva, gerente de Produtos da Iconic Lubrificantes.
Jussara Ribeiro, presidente do Instituto Besc, abriu a reunião e comentou sobre a visita técnica na “surpreendente fábrica de fluidos e graxas da Iconic. Aqui eles fabricam os lubrificantes Ipiranga e Texaco. É de fato surpreendente toda a cadeia produtiva desse material indispensável em diferentes segmentos da indústria”, disse.
Logo após, o palestrante convidado Leandro Benvenutti realizou uma breve apresentação sobre veículos híbridos e elétricos. O especialista iniciou trazendo o conceito dos híbridos, além dos impactos dos lubrificantes neste tipo de veículo.
Atualmente em termos globais, a indústria automotiva produz 19% de veículos híbridos, mas de acordo com Benvenutti, para 2030, essa porcentagem deverá subir para 26%. A maior mudança deverá ser com o crescimento dos elétricos. Hoje, esse modelo representa 13% da produção global, no entanto, a previsão indica que poderá alcançar 49% dos veículos produzidos em 2030, englobando outras tecnologias como o hidrogênio.
O palestrante trouxe os diferentes motores que estão à disposição da indústria e dos consumidores, mostrando a evolução do mercado. Os fluidos também evoluíram e precisaram se adaptar aos novos requisitos de performance.
A eficiência energética do carro elétrico gira em torno de 60 a 73%. Entretanto, o especialista pontua que este dado pode aumentar com o aprimoramento dos fluidos utilizados e outros materiais.
Leandro Benvenutti ainda destacou que o fluido para os carros elétricos, chamado de e-fluid, deve considerar o aquecimento do motor, a compatibilidade dos materiais e as propriedades elétricas.
Na sequência do debate, Paulo Berto trouxe os desafios para as graxas e lubrificantes no sentido de oferecer uma maior eficiência energética aos veículos. De acordo com o especialista, a redução do desgaste, atrito e das emissões fazem parte do desafio para melhoria dos fluidos.
Leandro Laurentino continuou o painel, tratando dos fluidos de arrefecimento para os veículos elétricos. Segundo o palestrante, esse material, entre outros aspectos, é responsável pela transferência de calor, protege o motor contra corrosão, além da proteção contra congelamento e ebulição.