Spray nasal pode estar disponível até o fim de 2022

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Foto: Marco Verch/Flickr

A vacina poderá ser uma alternativa para uma dose de reforço

Uma nova vacina contra a covid-19, em formato de spray nasal, está sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo, em parceria com a com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estão desenvolvendo uma vacina. 

A novidade está em fase de estudos, e apresenta vantagens interessantes como o baixo custo e a capacidade de bloquear o SARS-CoV-2 ainda no nariz das pessoas. Os pesquisadores acreditam que o spray nasal possa estar disponível até o fim de 2022.

Devido ao tempo, o imunizante pode aparecer como uma alternativa para a dose de reforço, como pontua o coordenador do estudo,  Jorge Elias Kalil Filho, professor da Faculdade de Medicina da USP e chefe do Laboratório de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas. “Provavelmente, quando o spray estiver pronto, boa parte da população mundial vai estar vacinada. Eu acredito que ele vai ser, sobretudo, como uma dose de reforço”, disse. 

Como funciona?

O coordenador explica o funcionamento do spray no combate ao coronavírus, “você já começa a induzir resposta no epitélio nasal e induzir a produção de um anticorpo que é muito importante nas mucosas, que são as IgAs [Imunoglobulina A] secretórias”.

O imunizante também se diferencia no antígeno, não é utilizada a proteína Spike, mas “a RBD [domínio receptor obrigatório, pela sigla em inglês] das quatro variantes de preocupação”, disse Kalil Filho. O pesquisador ainda explica que o antígeno terá partes de proteínas que estimulem a resposta celular mais duradoura. 

“Nós estudamos 220 pessoas que tiveram a doença, estudamos também por informática todo o genoma do vírus e selecionamos fragmentos que teoricamente induzem uma boa resposta celular”, acrescenta o pesquisador. 

Custo do spray

O baixo custo também aparece como mais uma vantagem para o desenvolvimento do imunizante. De acordo com Kalil Filho, o valor deve ficar em torno de US$ 5, no entanto, ainda são necessárias mais análises ligadas ao rendimento.

“Nós temos alguns laboratórios que produzem proteínas recombinantes, mas ainda está muito no início, então estamos tratando com as empresas farmacêuticas pra ver se a gente acha alguma que consiga produzir com boa quantidade”, contou o coordenador do estudo.

 

* Com informações da Agência Brasil

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