O encontro da ministra com o presidente Afif Jawabri e o diretor técnico Dejalmo Prestes foi o ponto alto da produtiva agenda da entidade em Brasília
Na última segunda-feira (16) o presidente da APPIBRAS ( Associação dos Produtores de Pitayas do Brasil) , Afif Jawabri e o diretor técnico Dejalmo Prestes estiveram em Brasília para uma extensa agenda com autoridades para alavancar a cultura de Pitaya no Brasil.
O dia começou na Embrapa Cerrado, quando os diretores foram recebidos por Fábio Faleiro, que é chefe-adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa e conduz uma pesquisa sobre o cultivo de pitayas desde 1996.
Faleiro destacou que a Pitaya é uma cultura de inclusão produtiva, pois sua característica rústica a torna forte, ou seja, não requer muito cuidado no manejo e também é de rápido retorno. Em algumas regiões, como por exemplo no Pará, ela já produz após um ano, e o tempo de abertura da flor para a maturação do fruto é de 30 dias.
Na ocasião, Faleiro apresentou as cinco variedades cultivares da fruta que estão em vias de serem registradas. Primeiramente serão lançadas as pitayas Luz do Cerrado, Lua do Cerrado e BRS Mini do Cerrado. Posteriormente serão lançadas as variedades BRS Graúda do Cerrado e BRS Âmbar do Cerrado.
Segundo Faleiro, a variedade Âmbar do Cerrado é muito especial pois é resultado de 20 anos de pesquisa e tem como matriz plantas trazidas do Vietnã e Colômbia.
Reunião com a ministra
No início da tarde, a diretoria da APPIBRAS e Fábio Faleiro (EMBRAPA) foram recebidos pela ministra da agricultura, pecuária e abastecimento Tereza Cristina e pelo secretário de defesa agropecuária, José Guilherme Leal.
A pauta da reunião foi o reconhecimento da pitaya pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), para que o seu cultivo entre nas políticas públicas desenvolvidas pelo Governo Federal.
Jawabri apresentou alguns dados da cultura da Pitaya para a ministra, e ressaltou que “o cultivo de Pitaya é extremamente favorável para os pequenos produtores, que vivem da agricultura familiar, pois é seu cultivo é simples e não requer uso de tecnologias, seu manejo é fácil, e não depende de muito trabalho para o sucesso do pomar”.
Demonstrando bastante interesse e entusiasmo, a ministra vislumbrou incluir o cultivo de pitaya no plano Agronordeste. E ressaltou que “o ministério tem trabalhado muito em prol dos pequenos produtores, para que eles tenham renda”, enfatizou Tereza Cristina.
Afif solicitou que seja feito o zoneamento agrícola da cultura da Pitaya, pois o estudo é de extrema importância para que o produtor consiga financiamento para a implantação de seu pomar.
Defensivo Agrícola
Também foi pauta da reunião, a obtenção de orientações necessárias para o registro de produtos formulados que atendam as demandas da cultura de pitaya.
O secretário José Guilherme informou que vai dar início ao processo de inclusão da pitaya na legislação de minocrops e solicitou uma relação das pragas prioritárias e um indicativo de princípios ativos, para que em parceria com a Embrapa seja realizada a pesquisa necessária.
Dia Nacional da Pitaya
Com o intuito de aumentar o acesso dos brasileiros à fruta, a APPIBRAS juntamente com o seu mais novo associado, o deputado federal Luiz Nishimori ( PL / Paraná). Vão lançar ainda neste ano, o Dia Nacional da Pitaya, que vai ser marcado por ações em todo o território nacional para incentivar o consumo e o cultivo da fruta.
Nishimori já cultiva a Pitaya há cerca de 05 anos na região de Marialva, no Paraná.
Afif e Dejalmo afirmaram que a agenda foi muito positiva. “Acreditamos que com o apoio do Governo Federal, e agora também com um forte aliado na Câmara dos Deputados, a APPIBRAS vai conseguir cumprir com a sua missão de agregar os produtores de todo o Brasil para solucionar os gargalos do cultivo da fruta”, enfatizou Jawabri.
O professor Dejalmo, que é especialista e grande entusiasta da cultura de Pitaya, analisou que “as reuniões foram extremamente objetivas e deliberativas, e irão alavancar a cultura da fruta e consequentemente ampliar o acesso aos consumidores finais,” concluiu o Professor Pitaya.