O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou o Relatório de Análise de Perturbação (RAP) que trata do blecaute que afetou o Amapá no mês passado. Residentes de 13 dos 16 munícipios do estado ficaram sem energia por mais de 80 horas.
De acordo com o relatório, as principais conclusões apontam que a perturbação teve origem em um curto-circuito do primeiro transformador que pode ter sido consequência de falha interna do equipamento ou coordenação de isolamento inadequado na subestação.
As causas ainda serão investigadas, mas já se sabe que o apagão foi o resultado de contingência múltipla, a indisponibilidade de um segundo transformador e a perda de dois equipamentos.
O documento do ONS aponta que o incêndio em um dos transformadores foi causado por um curto-circuito, que pode ter acontecido por uma falha interna e/ou coordenação de isolamento inadequada. “Neste momento, portanto, não há, ainda, identificação da causa origem do curto-circuito no TR1, que resultou na sua explosão e incêndio.”
O RAP traz ainda 34 recomendações para as empresas: LMTE, Eletronorte, UHE Ferreira Gomes, CEA, Energest (UHE Cachoeira Caldeirão) e para o próprio ONS, que deverão ser cumpridas nos prazos definidos, que variam entre dezembro de 2020 e março de 2021. Cabe ao Operado o papel de monitorar, avaliar o cumprimento das recomendações e informar à Aneel, ao MME e aos agentes.
Blecaute
O apagão começou no dia 3 de novembro, às 20h48, horário de Brasília. A retomada deu início no dia 7 em alguns bairros de Macapá e uma parte de Santana. A população viveu um período de racionamento, com energia por algumas horas do dia. O serviço foi totalmente restabelecido no dia 24.