A obesidade é uma doença crônica e, se não tratada, compromete também a longevidade de qualidade
Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu, em 2022, para 75,5 anos. A esperança de vida teve uma queda nos dois anos anteriores, devido ao aumento de mortes causado pela Covid-19 em 2020 e 2021.
Muitos fatores estão ligados a uma melhora na expectativa de vida e a uma boa longevidade. Um deles que pode ser destacado e merece atenção é o cuidado com a saúde, mais especificamente com o controle do peso e o tratamento da obesidade, que hoje atinge cerca de 41 milhões de pessoas acima de 18 anos, correspondendo a 26% da população. Em 2035, segundo estudo publicado pela World Obesity Federation (WOF), a previsão é de que os brasileiros com obesidade sejam 41% da população.
Essa é uma preocupação crescente no mundo todo e traz implicações significativas para a saúde individual e pública. A obesidade está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, além de estar relacionada a 13 tipos de câncer. A doença pode impactar negativamente também a qualidade de vida, reduzindo a mobilidade, aumentando o risco de depressão e limitando as atividades diárias.
Hábitos alimentares saudáveis, prática de atividade física regular, acompanhamento psicológico, medicação, cirurgia bariátrica e busca de orientação de profissionais de saúde para o tratamento são passos fundamentais para controlar a obesidade.
A cirurgia bariátrica está entre os tratamentos para obesidade e, segundo estudos recentes, é um dos caminhos, inclusive, para a diminuição da hipertensão e controle do colesterol. “Com a cirurgia bariátrica conseguimos fazer o tratamento da obesidade aliado a outras medidas e, com o peso controlado, as chances do aparecimento de câncer e outras doenças também são reduzidas”, afirma o cirurgião bariátrico Dr. Carlos Schiavon, Coordenador de Ensino e Pesquisa do Núcleo de Obesidade e Cirurgia Bariátrica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e cofundador da ONG Obesidade Brasil.
“Sabemos que a obesidade leva a uma pior resposta ao tratamento de cânceres, aumenta os casos de mortalidade, de complicações e causa maior toxicidade. O controle do peso e os cuidados com a saúde evitam os diversos problemas relacionados a essa doença crônica e ainda ajudam o paciente a ter uma longevidade de melhor qualidade”, finaliza a médica nutróloga Dra. Andrea Pereira, cofundadora da ONG Obesidade Brasil.
