Novembro é mês de alerta para o diabetes

A doença pode afetar gravemente a saúde ocular, além de ser um dos fatores de risco para o novo corona vírus

Diabetes
Créditos: Arquivo/Agência Brasil

Além do cuidado com a saúde masculina, o mês de novembro também alerta para  luta contra um inimigo comum a ambos os sexos: o diabetes. Celebrado em 14/11, o Dia Mundial de Combate ao Diabetes chama atenção para esse mal, que atinge quase 7% da população no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira do Diabetes, e pode ser um fator de risco no enfrentamento à COVID-19.

A Diabetes pode afetar a retina – parte dos olhos responsável pela captação de imagens, e seus vasos sanguíneos – sendo um fator para o desenvolvimento da Retinopatia Diabética, a maior causa de cegueira na população abaixo dos 60 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Conscientizar a população para as sérias complicações associadas ao diabetes, inclusive consequências para a visão, é fundamental. O intuito é melhorar a qualidade de vida dos portadores dessa doença. A boa notícia é que com acompanhamento oftalmológico e a realização periódica de exames, como o de fundo de olho, por exemplo,   é possível  detectar a doença e manter os problemas sob controle”, explica o Dr. Renato Braz Dias, especialista em retina e vítreo do Hospital de Olhos INOB, empresa do Grupo Opty em Brasília.

A concentração elevada de glicose no sangue predispõe a inchaço dos tecidos, má irrigação sanguínea e aumento do risco de infecções. Dessa maneira, algumas das alterações mais comuns encontradas nos olhos, decorrentes do controle inadequado do diabetes, são alterações na córnea (úlceras recorrentes e redução de sensibilidade), no nervo óptico, no cristalino (com desenvolvimento de catarata), na íris e até mesmo descolamento de retina em casos mais avançados, além da retinopatia

Em números – Pelo menos 425 milhões de pessoas no mundo têm diabetes. No entanto, cerca de 50% delas não sabem que têm o problema, embora cerca de 2 milhões de mortes todos os anos sejam atribuídas a complicações do diabetes. (Atlas IDF 2017).

Tratamentos possíveis

Quando a retinopatia diabética avança, existem algumas opções de tratamento que podem ser utilizadas, que devem ser avaliadas caso a caso. Entre elas estão:

A fotocoagulação da retina a laser, método que pode minimizar os prejuízos gerados por áreas doentes da retina ou até mesmo impedir o vazamento de líquido por microaneurismas retinianos.

A injeção de medicação dentro do olho, o chamado tratamento antiangiogênico, pode ser necessária, quando surge o inchaço de retina na região responsável pela visão central, a mácula. Essa medicação possibilita que o líquido que gera essa condição seja reabsorvido.

A cirurgia chamada de vitrectomia posterior pode ser imprescindível nos casos extremos, com o acometimento retiniano mais grave, quando há o descolamento de retina ou o sangramento vítreo.

Novidades

“Os avanços tecnológicos na Oftalmologia têm ocorrido a passos largos, e sempre surgem novidades nos tratamentos. A bola da vez são os sistemas de inteligência artificial, que, treinados para detectar as diferenças entre olhos saudáveis e não saudáveis, podem atender a essa demanda crescente de casos de retinopatia diabética, analisando as fotografias dos olhos em busca de sinais da doença”, conta o Dr. Renato Braz. “A Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador norte-americano, já aprovou dois desses dispositivos de diagnóstico, que não demoram para também serem autorizados no Brasil”, comenta.

“Na maioria dos casos, essas aplicações oculares têm se mostrado eficazes para evitar o inchaço e a ruptura dos vasos sanguíneos da retina, que podem resultar de níveis elevados de açúcar no sangue, mas precisam ser injetadas nos olhos com frequência, às vezes mensalmente”,

conta o Dr. Renato Braz, sobre os aguardados estudos norte-americanos. Ambos os métodos estão em ensaios clínicos de fase 2, o que significa que pode levar dois ou mais anos para que sejam aprovados e se tornem disponíveis ao público.

Prevenção e controle

Enquanto novos progressos na medicina estão no horizonte, a prevenção e controle do diabetes são o melhor tratamento recomendado. “Para vencer o diabetes e a retinopatia diabética, é necessária uma abordagem multidisciplinar, com o acompanhamento de um endocrinologista e de um oftalmologista, reduzindo fatores de risco, como estresse, sobrepeso e tabagismo”, ressalta o Dr. Renato Braz.

Sobre o Opty

O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina.

Atualmente, o Grupo Opty é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 21 empresas oftalmológicas, 1600 colaboradores e mais de 600 médicos oftalmologistas. Visite www.opty.com.br.

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