Indicador econômico global apresenta melhora com o sucesso das campanhas de vacinação

Barômetros Globais
Créditos: Fotos Públicas/Governo de São Paulo

Os resultados, no entanto, continuam heterogêneos entre as grandes regiões pesquisadas.

Barômetros globais da economia apresentaram crescimento no mês de março. Segundo o documento Barômetro Global Coincidente, divulgado hoje (10), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o aumento no indicador de economia internacional é reação do reflexo positivo quanto ao sucesso inicial das campanhas de vacinação em alguns países.

Nos Barômetros Globais Coincidentes, aumento foi de 4,5 pontos em março, de 97,9 pontos para 102,4 pontos, dessa forma, o indicador atingiu o maior nível desde dezembro de 2017. Quanto aos Barômetros Globais Antecedentes, o acréscimo foi de 11,9 pontos, para 117,1 pontos. Desde dezembro, o valor se mantém em um patamar elevado, na faixa entre 104 e 117 pontos, com oscilações que significam alterações no grau de otimismo com programas de imunização e as dificuldades em se obter o controle da pandemia em diferentes países.

Barômetros Globais
Presidente argentino, Alberto Fernández, cumprimenta recém-imunizada. Fotos Públicas/Casa Rosada

Nos Barômetros Regionais Coincidentes, a região da Ásia, Pacífico & África foi responsável por quase toda a alta do barômetro global. Entre os Barômetros Regionais Antecedentes, o Hemisfério Ocidental caminha este mês na contramão das demais regiões ao contribuir de forma negativa para o resultado agregado.

“A combinação dos efeitos de medidas restritivas e imunização já surtem resultados em termos de redução nas taxas de contágio da pandemia, ainda que de forma não homogênea ao redor do mundo. Nos países em que esses resultados já são mais visíveis, indicadores de nível de atividade corrente e expectativas em relação aos próximos meses possibilitam os avanços dos barômetros coincidente e expectativas propiciaram avanços dos barômetros coincidente e antecedente em março, ainda persistindo em um resultado relativamente pior para o setor de serviços”, avalia Paulo Picchetti, pesquisador da FGV IBRE.

Regiões e Setores

Barômetros Globais
Primeiro ministro britânico, Boris Johnson visita centro de vacinação. Fotos Públicas/Andrew Parsons

Todas as regiões contribuem de forma positiva para o resultado agregado deste mês com destaque para a Ásia, Pacífico & África, que contribui com 4,3 pontos, ou 96%, para a alta do Barômetro Coincidente Global, enquanto o Hemisfério Ocidental e a Europa contribuem com somente 0,1 ponto cada. A Europa é a região que vem se recuperando mais lentamente, seguida do Hemisfério Ocidental, refletindo as incertezas em torno do controle da pandemia e da velocidade das campanhas de vacinação no continente.

“A oferta de imunizantes continua sendo o principal condicionante para o potencial de uma retomada mais robusta ao longo de todas as regiões e setores. Do ponto de vista de política econômica, outra condicionante para essa recuperação é a capacidade da continuidade de estímulos, contexto de deterioração do quadro fiscal e preocupações relacionadas à dinâmica inflacionária em vários países”, finalizou Picchetti.

Entre os cinco setores da pesquisa, apenas o Comércio contribui de forma negativa para o resultado agregado, enquanto os demais setores registraram alta no mês. A maior contribuição positiva veio da Indústria, seguida pelo conjunto de variáveis que refletem a evolução das economias em nível mais agregado (Desenvolvimento Econômico Geral). Estes são também os únicos níveis de agregação setorial que já estão com indicadores acima do nível de 100 pontos (neutralidade).

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