IBGE registra redução da inflação em janeiro

Inflação
Créditos: Helena Pontes/Agência de Notícias IBGE

Mudanças na bandeira tarifária puxaram deflação no começo do ano

Depois de quatro meses de estabilidade, janeiro finalmente apresentou o primeiro sinal de redução da inflação. O aumento dos preços da economia ficou 0,25% menor, sendo o índice mais baixo desde agosto de 2020 (0,24%). As informações são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgadas hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 12 meses, o indicado acumulou alta de 4,56%.

Alimentos e bebidas ainda são os principais segmentos que puxam os valores para cima. Alteração na bandeira tarifária das contas de energia elétrica e queda no preço das passagens aéreas contribuíram para manter o índice da inflação no mês de janeiro.

“Houve uma queda de 5,60% no item energia elétrica, que foi, individualmente, o maior impacto negativo na inflação do mês (-0,26 p.p.) Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira amarela. Assim, em vez do acréscimo de R$ 6,243 por cada 100 quilowatts-hora, o consumidor passou a pagar um adicional bem menor, de R$ 1,343. O que resultou em uma deflação (-1,07%) no grupo Habitação, do qual esse item faz parte, mesmo com a alta em outros componentes, como o gás encanado (0,22%) e a taxa de água e esgoto (0,19%)”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

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Durante o fim de ano, o setor de vestiário apresentou alta de 0,59% em decorrência das festas de fim de ano. Em janeiro, a indústria de roupa chegou a registrar deflação de -0,7%.

“Os alimentos para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% no mês anterior, variaram 1,06% em janeiro. As frutas subiram menos (2,67% contra 6,73% em dezembro) e as carnes caíram de preço (-0,08% contra alta anterior de 3,58%), assim como o leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%). Por outro lado, os preços da cebola (17,58%) e do tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior, aumentaram”, destaca Kislanov.

O custo dos Transportes (0,41%), grupo com o segundo maior peso no IPCA, também desacelerou, principalmente devido à queda no preço das passagens aéreas (-19,93%), cujos preços haviam subido 28,05% em dezembro. No entanto, os combustíveis (2,13%) apresentaram variação superior à do mês passado (1,56%), com destaque para a gasolina (2,17%) e o óleo diesel (2,60%).

A Agência de Notícias IBGE destacou para o reajuste dos valores dos planos de saúde (0,66%), que até então estava suspenso em 2020, mas deve sofrer aumento retroativos neste ano. Aumento impacta diretamente na área de Saúde e cuidados pessoais (0,32). Em janeiro, foi lançada a primeira parcela da fração mensal do reajuste anual.

Quanto aos índices regionais, apenas duas das dezesseis áreas pesquisadas apresentaram variação negativa. O menor resultado ficou com o município de Goiânia-GO (-0,17%), influenciado pela queda de 7,53% na energia elétrica, e o maior com Campo Grande-MS (0,53%), onde pesaram as altas da gasolina (2,42%) e da taxa de água e esgoto (4,90%).

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