A pandemia do coronavírus levou os eventos presenciais para os ambientes virtuais. A partir de amanhã acontece a Festa Literária Internacional de São Sebastião – FLISS, realizada pelo Instituto MPUMALANGA em parceria com o UNICEF. A edição digital termina no domingo e serão quase 80 horas de programação.
Debates literários, lançamentos de livros, diálogos online, entrevistas e mini workshops fazem parte do cronograma do evento. A abertura será nesta quinta-feira (27), a partir das 10h10, e terá a presença da diretora geral da FLISS, Adriana Saldanha, e de Ítalo Dutra, Chefe da Área de Educação do UNICEF Brasil.
Parte das atrações são gratuitas e a transmissão será feita pelo Facebook e Youtube do Instituto MPUMALANGA. A outra parte da programação terá preços simbólicos, e toda a renda será revertida para as famílias de São Sebastião, cidade do estado de São Paulo.
Atrações confirmadas
A Fliss 2020 terá atrações do universo da literatura nacional, internacional e também irá contemplar a poesia de rua, a literatura indígena e também a música e a gastronomia.
Entre os nomes confirmados para a Festa Literária estão: Ignácio Loyola Brandão, Kiusam de Oliveira, Milton Hatoum, Mia Couto, Patrícia Portela, José Eduardo Agualusa, Zuza Homem de Mello, Ilan Brenman, Fernanda Takai, Roberta Estrela D’Alva, o Poeta arrudA e muitos outros.
Destaques da programação
Quinta-feira (27)
A premiada ilustradora Lúcia Hiratsuka fala sobre Ilustração: a escrita das imagens (15h). Adriana Saldanha, da Casa Brasileira, Ângela Castelo Branco, d’A Casa Tombada, e Noemi Jaffe, da Escrevedeira, dialogam sobre os desafios dos espaços de cultura e de produção de conhecimento no atual momento e no pós-pandemia (16h). Diretamente de Moçambique, o premiado escritor Lucílio Manjate conversa sobre Literaturas Africanas (17h) com Janaina Figueiredo.
Eu na Sala FLISS recebe Ignácio Loyola Brandão numa conversa direta com o público inscrito mediação do historiador Vitor Ortiz e (18h). A Entrevista na FLISS do dia é com o moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa (19h30). A tarde mesmo horário da mesa Pela janela do quarto, que literatura vejo?, com Milton Hatoum, Patrícia Portela e Noemi Jaffe (20h).
Sexta-feira (28)
Às 15h, Cordel e Xilogravura: Tesouros da Cultura Brasileira é tema da conversa entre o folclorista Marco Haurélio, a xilogravurista Lucélia Borges e a professora de dança e pesquisadora da cultura brincante Tereza Oliveira. Em Diálogos #Defenda o Livro, Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro, José Ângelo Xavier, presidente da Associação Brasileira de Livros Escolares – Abrelivros, e Marcos Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros-SNEL, debatem o impacto da reforma tributária no segmento da produção de livros do país (15h30).
Logo após, Leonardo Sakamoto vai mediar a mesa Infância e violação de direitos na pandemia, com Rosana Vega, Chefe de Proteção da Criança do UNICEF, a escritora Andrea Viviana Taubman, a jornalista Cristiane Rogério e Elisiane dos Santos, Procuradora do Ministério Público do Trabalho – SP (16h).
O escritor e crítico musical Zuza Homem de Mello conversa com a jornalista Patrícia Palumbo, que intermedia a participação do público inscrito (18h). Em seguida, Fernanda Takai, Penélope Martins e Roberta Estrela D’Alva na mesa Onde mora minha literatura, também com mediação de Patrícia Palumbo, falando de prosa, poesia, teatro e música nos dias atuais (20h). José Eduardo Agualusa, jornalista e escritor angolano de ascendência portuguesa e brasileira, é o convidado da Entrevista na FLISS (19h30).
Sábado (29)
A tarde começa com HQ: Pablo Miyazawa, editor do site IGN Brasil, o quadrinista Franco de Rosa e Sabrina Paixão, orientadora do Laboratório Experimental de Arte-educação & Cultura da Faculdade de Educação da USP, falam sobre a linguagem dos quadrinhos, com Roberto Sadovski.
Eu na FLISS traz o escritor e pensador moçambicano Mia Couto, um dos maiores nomes da literatura africana, em uma conversa com a jornalista Adriana Saldanha e a plateia online inscrita, ao vivo, cara a cara (17h).
Os escritores indígenas Cristino Wapichana e Auritha Tabajara, com a cantora e pesquisadora Kitty Canário, trazem a literatura indígena e a cultura ancestral para a discussão (18h30). Na mesa Onde fincam meus pés?, os convidados Ondjaki e Sérgio Vaz abrem uma reflexão sobre como as escritas se projetam e se encontram no espaço cibernético.
Domingo (30)
No último dia de festa, acontece uma aula-espetáculo, com inscrições limitadas, sobre o livro das Mil Fábulas, ou As Mil e Uma Noites, obra bastante representativa na cultura árabe, com Mamede Mustafá Jarouche e Daniele Ramalho (15h). Uma discussão sobre as Tendências para os espaços públicos de leitura com Josélia Aguiar, diretora da Biblioteca Mário de Andrade, e Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras, dá sequência ao evento (15h30).
Yaguarê Yamã, Kiusam de Oliveira, Claudio Fragata e Tiago de Melo Andrade formam a mesa que discute a Função educadora da literatura infantil e juvenil (17h). O escritor Ilan Brenman recebe o público online para um bate-papo com o público sobre a importância das histórias no século XXI, com Alexandra Pericão, curadora literária da FLISS 2020-online.
A gastronomia também está na FLISS 2020-online (20h), na mesa que vai tratar de “Comida como Cultura”, com o antropólogo, escritor e pensador da comida e da alimentação Raul Lody e os chefs Adriana Saldanha, Eudes Assis e Tereza Paim, que trazem referências de territórios e de trocas afetivas em torno da mesa e da culinária através dos livros.