Decisão da justiça garante o medicamento mais caro do mundo para o pequeno Heitor

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Pequeno Heitor. Foto: divulgação

Com a decisão da justiça, Heitor, diagnosticado com AME, poderá fazer o tratamento com o Zolgensma

Nascido prematuro, o pequeno Heitor é um símbolo da luta pela vida. Diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME), o bebê de 10 meses precisa receber um dos remédios mais caros do mundo, o Zolgensma. Avaliado em R$ 12 milhões, o medicamento é único tratamento capaz de interromper a doença.

Nesta semana, a família de Heitor recebeu uma grande notícia. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 13ª Região, de João Pessoa, deferiu uma liminar muito esperada. O juiz Alexandre Roque Pinto do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 13ª Região, de João Pessoa, determinou que a Caixa Saúde complemente o valor de R$ 6 milhões para a compra do medicamento.

Carla Melo e Hugo Moreira, os pais do pequeno Heitor, conseguiram que o preço da medicação chegasse a R$ 8,9 milhões. Eles também contaram com solidariedade das pessoas, foram cerca de 240 voluntários e pequenas ações como Anjo Mensalista, Troco Solidário, Ações no Instagram, Rifas, Bazar, Pedágio virtual e Ações com funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) onde o pai trabalha há 12 anos, arrecadaram um pouco mais de R$ 3 milhões.

O pai de Heitor é beneficiário do plano de saúde da empresa, a Caixa Saúde, e tem como dependente o seu filho Heitor. Em um pedido feito anteriormente na justiça, a operadora do plano de saúde negou a compra da medicação, o que com a decisão da liminar atual “constitui abuso de direito do plano de saúde a negativa de tratamento autorizado pela Anvisa…”.

“Essa é uma vitória muito importante para nós que estamos lutando dia a dia pela cura do nosso filho. E como funcionário da CEF , fico orgulhoso de saber que eles se preocupam com seus funcionários e com a saúde e o bem-estar dos seus entes queridos. Um ato que precisa ser consolidado e estamos esperançosos com a compra desse remédio”, celebrou.

Agora, os pais de Heitor deverá comprar o valor que já foi arrecado, uma missão para advogada da família, Daniela Tamanini. Após a validação, a Caixa Saúde tem até cinco dias para depositar o valor restante necessário para a compra do Zolgensma, sob pena de multa diária de R$500 mil.

“Um grande passo para a conquista da medicação do Heitor foi dado. Sabemos que com persistência, a justiça prevalece. Esperamos que a decisão da liminar seja cumprida e volte a trazer um sorriso no rosto dos pais “, afirma a advogada.

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