
Saúde amplia o público da dose de reforço e reduz para 5 meses o período entre a aplicação da segunda dose
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje que a redução do intervalo entre a segunda dose e a de reforço da vacina contra a covid-19. O período anterior era de seis meses e agora passa a ser cinco meses. A decisão contempla todas as pessoas de 18 anos, não importando o grupo etário, de risco ou profissão.
As pessoas que receberão a dose única da Janssen também poderão receber o reforço, considerando o intervalo de cinco meses.
“Já tínhamos autorizado a aplicação desta dose de reforço, ou adicional, para todos aqueles que tinham tomado a segunda dose há mais de seis meses e que tivessem [mais de] 60 anos. Agora, graças às informações advindas dos estudos científicos realizados para avaliar a aplicação da terceira dose – e dos quais já temos dados preliminares -, decidimos ampliar esta dose de reforço para todos aqueles acima de 18 anos de idade que tenham tomado a segunda dose há mais de cinco meses”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Ainda de acordo com o ministro, o Brasil dispõe de reserva de imunizantes suficiente para atender à demanda.
A pasta garante que mais de 350 milhões de doses das vacinas contra a covid-19 foram enviadas aos estados e ao Distrito Federal. Segundo os dados, 297 milhões já foram aplicadas durante os onze meses da campanha de vacinação e mais de 157 milhões de pessoas já tomaram pelo menos uma dose do imunizante, o que representa 88% do público-alvo previsto no Plano Nacional de Imunização.
No entanto, cerca de 21 milhões de pessoas não completaram o ciclo vacinal e precisam tomar a segunda dose. Sobre isso, Rosana Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, acredita que os efeitos colaterais dos imunizantes possam ter desistimulado algumas pessoas. “Algumas [vacinas], de fato, trazem [causam] alguns efeitos adversos que passam em um ou dois dias. A população tem que estar consciente disso. Tem que estar alerta e saber que estes efeitos são esperados e acontecem”, comentou Rosana.
A secretária ainda reforçou que a vacina e as outras ações de prevenção, como o uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social, estão contribuindo para redução do número de casos da covid-19 e , consequentemente, das internações e mortes.
Além disso, os estudos têm mostrado que, a partir do quinto ou sexto mês, independentemente do imunizante utilizado, há sim uma necessidade de reforçarmos nosso sistema imunológico tomando uma dose de reforço”, acrescentou a secretária, alertando para a importância de os estados seguirem as novas recomendações do ministério. “Se algum estado fizer separado, diferente, prejudicará muito o nosso planejamento.”
*Com informações da Agência Brasil