No Dia Internacional da Mulher, conheça duas iniciativas que promovem a presença delas dentro dos espaços da ciência
Nos últimos anos vem se falando mais sobre a presença feminina em diversos setores produtivos. Mais mulheres estão presentes em espaços dominados anteriormente apenas por eles, como nas áreas das ciências ou das engenharias.
Os dados do Relatório de Ciências da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) apontam que elas ainda têm um longo caminho a percorrer. As mulheres representam 28% dos graduados em engenharia e 40% dos graduados em ciência da computação e informática.
Outro número da Unesco revela que menos de 30% dos pesquisadores do planeta são mulheres. Com 20 anos de experiência, a farmacêutica e pesquisadora Franciane Marquele de Oliveira (foto à direita) conta que: “posso destacar que as grandes dificuldades em ser cientista são tanto econômicas quanto culturais. De forma geral, o incentivo da mulher à pesquisa é bem limitado pela escassez de investimentos em P&D e pela insegurança da vida profissional pelos longos anos de dedicação em paralelo com a maternidade e atividades familiares”, finaliza.
Ao olhar para os números nacionais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o país ultrapassou a marca de 212 milhões de pessoas e de acordo com a pesquisa de 2019, elas representam 51,8% da população.
Mesmo elas estando em maior número no Brasil, a presença na chamada área STEAM (acrônimo em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) ainda é tímida.
Felizmente, instituições e projetos atuam para apoiar as mulheres a ocupar os campos da ciência e da tecnologia.
Juntas no Supera
O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto é uma instituição que promove o ecossistema empreendedor, instalado no Campus da Universidade de São Paulo, o espaço abriga uma incubadora de empresas e um centro de tecnologia e de negócios.
A instituição criou o projeto “Juntas no Supera” em 2018 e visa fomentar a participação feminina no ecossistema de inovação. Luciana Paiva, diretora Administrativa e Financeira do Supera, conta mais sobre as ações: “em 2020, 38% dos webinars promovidos pelo Parque Tecnológico tiveram a participação de mulheres e 56% das vagas de estágio e bolsas de pesquisa foram preenchidas por mulheres”.
Estrogênias
A ação criada pela Tecnologia Educacional da Positivo Tecnologia começou no dia 11 de fevereiro e se encerra hoje no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. O projeto tem um objetivo claro: inspirar mais mulheres a ocuparem cadeiras nas áreas de pesquisa, ciência, programação, robótica e tecnologia.
“Aprender programação e robótica é fundamental. Além de estimular a criatividade, desenvolver o raciocínio lógico e melhorar a capacidade de organização e concentração, são disciplinas indispensáveis para atender as demandas de um mundo cada vez mais digital e conectado”, diz Luís Furtado Gerente de Produto de Tecnologia Educacional.
O encerramento do projeto Estrogênias terá uma live especial: três brasileiras que estão escrevendo história no universo científico. Marcia Cristina Bernardes Barbosa, física nomeada pela ONU como uma das mulheres que mudaram o mundo: Duilia Mello, astrofísica que descobriu um corpo celeste originado a partir da explosão de estrelas, e Bárbara Cruvinel Santiago, jovem que desenvolve instrumentos para o estudo das galáxias.
A partir das 15h30 de hoje (8), a live poderá ser acompanhada pelo site: EstroGênias: meninas na ciências