Com aumento de casos de covid-19, governo chinês estuda medidas de proteção

SBOC, diretora
Foto: Pixabay

O cancelamento de regras para conter a covid-19 no China para alavancar a economia demonstrou que houve um represamento do vírus e, agora, o surto segue em curva ascendente de mortes. É o que afirma Roberto Georg Uebel, professor de Relações Internacionais da ESPM Porto Alegre.

Uebel aponta que o aumento de mortes na China reflete a reabertura do país depois de um grande período de isolamento. A flexibilização das regras sanitárias, levou Xi Jinping, presidente do país, a solicitar às autoridades sanitárias que busquem medidas para proteger os moradores locais de modo eficaz.

Para ele, a China está num processo de desaceleração econômica em virtude das medidas restritivas implementadas na adoção da ‘covid zero’. O especialista comenta que qualquer fechamento no país, como revisão de protocolos, adoção de controle de mobilidade da população, afetarão diretamente a sua produção e terá impacto nas exportações e importações. “Restrições e controle certamente abalarão o desempenho econômico chinês. Isso não significa que teremos uma recessão naquele país, pois continua crescendo, não a dois dígitos como vinha apresentando até 2020. Claro, uma diminuição na produção e nas expectativas do comércio exterior chinês poderá ter proporções maiores, uma vez que o mundo vive numa economia muito dependente desse gigante asiático”, diz.

O especialista destaca ainda que a Organização Mundial de Saúde (OMS) deve, em breve, emitir um sinal de alerta para todo o sistema internacional. “A OMS já sinaliza que poderá rever o status de pandemia da covid-19 no primeiro semestre de 2023, ou seja, baixar para epidemias localizadas ou surtos regionais e locais”, afirma.

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