AMIB-DF também diz ser favorável ao lockdown

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Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil

Depois da SIDF e da SBGG-DF, agora, a AMIB-DF se coloca contra ao posicionamento do CRM-DF e diz que “a medida tomada pelo GDF foi necessária”

A Associação de Medicina Intensiva Brasileira do Distrito Federal (AMIB-DF) divulgou uma nota pública, nesta quarta-feira (3), para criticar o posicionamento do Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF), que afirmou ser contrário ao lockdown decretado no último sábado (27).

Assim como a Sociedade de Infectologia do DF (SIDF) e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do DF (SBGG-DF) e, a AMIB-DF é favorável as medidas restritivas no DF.  No documento, a entidade explica que “entendemos que as medidas de restrição são penosas para boa parcela da sociedade, mas diante de mais de 4800 mortos até a presente data, com aumento progressivo de demanda por leitos e escassez de vagas de UTIs nos sistemas públicos e privados, a medida tomada pelo GDF foi necessária.”

Para a associação, a nota do CRM-DF não leva em conta que o lockdown adotado, neste ano, em Manaus foi tardio e por isso, “vários hospitais da nossa cidade receberam
inúmeros pacientes numa tentativa desesperada pelo resgate da vida”.

O texto da AMIB-DF lembra que o distanciamento social não é uma estratégia recente para reduzir casos de doenças contagiosas. “Esse conhecimento vem desde a idade média, quando marinheiros provenientes de locais com surtos de determinadas doenças eram proibidos de desembarcar, dando início ao conceito que hoje conhecemos como quarentena. Quanto menor a circulação de pessoas, entre elas infectados assintomáticos, menor será a disseminação do vírus para outros pacientes. A cadeia de transmissão pode, portanto, ser reduzida.”

A entidade lembra que o lockdown foi medida importante em países europeus e também na Austrália e Nova Zelândia, que optaram por medidas restritivas e segundo a nota, apresentam “rápida recuperação da economia”.

Sendo assim, com o aumento do número de casos no DF e o risco de colapso da rede hospitalar, público e privada, a AMIB-DF defende a adoção do lockdown.

A associação reforça que as pessoas precisam manter a higiene das mãos, o uso adequado de máscara, e respeitar o distanciamento social. Estas medidas devem ser mantidas para que a taxa de transmissão da covid-19 possa ser reduzida.

A AMIB-DF ainda afirma que “Apoiamos ainda apenas o uso de tratamentos que sejam comprovadamente eficazes no tratamento de pacientes com COVID-19, sempre baseados nas melhores evidências científicas. Enfatizamos a necessidade de programa vacinal amplo, baseado em fases, que contemple toda sociedade.”

 

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