Estudo ressalta a eficácia da vacina de RNA no combate à Covid-19
As vacinas desenvolvidas com tecnologia de RNA mensageiro apareceram como uma novidade na ciência. Anteriormente, os imunizantes eram criados com parte do vírus ou com o agente inativado. Contra a Covid-19, as vacinas que utilizam essa inovação são as da: Oxford/Astrazeneca, Pfizer/BioNTech e Moderna.
Conduzido pela Mayo Clinic, um estudo sobre as vacinas de RNA mensageiro ou mRNA revela que o imunizante consegue reduzir o risco de infecção assintomática. Ou seja, após dez dias da aplicação da segunda dose do imunizante de mRNA, as pessoas sem sintomas apresentam menos chance de testar positivo e de contaminar outros.
Dessa forma, de acordo com o estudo, os assintomáticos apresentam risco ajustado de 80% menor para testar positivo para covid-19. Este achado, segundo os pesquisadores, reforça a eficácia das vacinas em frear a contaminação da doença pelos assintomáticos.
A pesquisa
Para a realização do estudo, os pesquisadores analisaram 39 mil pacientes submetidos a testes de triagem molecular pré-procedimento para Covid-19. Foram realizados mais de 48 mil testes, incluindo 3 mil pessoas que receberam apenas uma dose da vacina.
“Descobrimos que pacientes sem sintomas que receberam pelo menos uma dose da primeira vacina para Covid-19 de mRNA autorizada, Pfizer-BioNTech, 10 ou mais dias antes da triagem tinham 72 por cento menos probabilidade de testar positivo”, afirma Aaron Tande, M.D., especialista em doenças infecciosas da Mayo Clinic e coautor do artigo. “Aqueles que receberam duas doses apresentaram 73 por cento menos probabilidade em comparação com o grupo não vacinado.
A pesquisa foi publicada na revista Clinical Infectious Disease. Além de Tande, outros autores assinam o estudo: Benjamin Pollock, Ph.D., primeiro coautor; Nilay Shah, Ph.D.; Gianrico Farrugia, M.D.; Abinash Virk, M.D.; Melanie Swift, M.D.; Laura Breeher, M.D.; Matthew Binnicker, Ph.D. e Elie Berbari, M.D. ― todos da Mayo Clinic.