34ª ASPEN discute os altos custos logísticos do Rio Grande do Sul

Focado em contribuir para o encontro de soluções para os altos custos logísticos do RS, o Instituto BESC promove um webinário sobre o tema

 

No próximo dia 20 de agosto, a partir das 14h, o Instituto Besc promove a 34ª ASPEN – Assembleia Permanente pela Eficiência Nacional. O encontro busca sugerir ações para reduzir os elevados custos logísticos do estado do Rio Grande do Sul. A situação provoca perda substancial na competitividade da economia gaúcha e também, na produtividade da região.

Palestrante na 34ª ASPEN, Paulo Menzel, presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura (Camaralog), relata que, durante o encontro, primeiramente, será definido o número dos custos logísticos do estado, logo depois, quais são as metas e de que forma elas serão alcançadas.

Menzel explicou que diferente do que alguns players do setor acreditam, para baixar o custo logístico não basta investir em infraestrutura ou nos modais de transporte. O presidente destaca que existem 28 KPIs, indicadores-chave, e estes precisam ser avaliados e alterados para conseguir uma redução dos custos logísticos.

Paulo Menzel é presidente da CâmaraLog e palestrante da 34ª ASPEN

No caso do Rio Grande do Sul, o custo logístico representa 21,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, ainda de acordo com Menzel, a economia gaúcha produz por ano 450 bilhões. “Para a economia do Rio Grande do Sul, este número (custo logístico) não deveria ser superior a 6,2%”, disse o presidente da Camaralog.

“Com o custo quatro vezes maior do que teria que ter, o primeiro impacto é a competitividade, tanto no recebimento de mercadorias quanto na exportação de mercadorias, não importa se é  mercado nacional ou internacional.” Assim, como alerta Menzel, há perda também na produtividade.

Dentro deste cenário, o estado ainda enfrenta um aumento anual no custo logístico, o que impacta diretamente nos ganhos da economia. “Lucra-se cada vez menos, até chegar em um ponto em que indústria ou o agronegócio, não vão conseguir produzir, vão apenas trocar dinheiro. Isto torna o Rio Grande do Sul tão problemático”, alerta.

Para Menzel, os altos custos logísticos não são causados pela localização do estado, e o problema é encontrado em outras regiões do país. Das federações, o Acre apresenta o maior custo logístico do país e o Rio Grande do Sul aparece em segundo. “São Paulo, por exemplo, tem 19,8%, e representa a maior economia e está no centro do país”.

Entre as causas para o alto custo logístico no Rio Grande do Sul, o presidente aponta que “são 57 anos de atraso, em que governos, após governos, não olham para as questões de logística e infraestrutura. O Brasil está atrasado 57 anos”.

A falta de um plano estratégico de Estado para sanar a questão preocupa Paulo Menzel, que por outro lado, vê com bons olhos a atuação do Ministério da Infraestrutura do atual governo. “O ministro Tarcísio (Gomes de Freitas) está fazendo um trabalho brilhante, ele está finalizando obras, antes de começar novas. Agora, o Brasil carece de um plano mestre de logística e infraestrutura. Nós vamos trabalhando ‘por espasmo’: uma hora se faz um porto, outra hora se faz um aeroporto”.

Durante a 34ª ASPEN, evento a ser realizado pelo Instituto Besc, um dos grandes questionamentos deverá ser: quais seriam as soluções para a redução do custo logístico no país? Menzel sinaliza que “primeiro: fazer um bom planejamento de Estado”. O presidente ainda demonstra preocupação com a dependência do transporte rodoviário, o modal aparece como “responsável por 92% das cargas que transitam no Brasil. Nos Estados Unidos, este número é de 35%”.

Como autor do projeto de cabotagem, Paulo Menzel pontua que o Brasil poderia utilizar mais os rios para realizar o transporte de cargas e o Rio Grande do Sul está entre os estados favorecidos pela geografia. Mas, no entanto, o RS “transporta apenas 3% da sua economia pelas suas hidrovias de interior”.

 

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