Um em cada cinco brasileiros, foi vítima de roubo de dados virtuais, diz pesquisa

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Créditos: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Informação coloca o país como líder mundial em ataques phishing

Crimes virtuais estão mais perto do que as pessoas imaginam. De acordo com o estudo da Kapersky, empresa de tecnologia, um em cada cinco brasileiros sofreu pelo menos uma tentativa de ataque de phishing em 2020. O phishing constitui basicamente em um roubo de identidade online, no qual o invasor, possui acesso aos dados dos usuários. A informação coloca o Brasil como líder mundial em golpes dessa categoria, à frente de países como Portugal, França, Tunísia e Guiana Francesa.

O levantamento confirma que os ataques foram intensificados com o início da pandemia do novo coronavírus. O número de ameaças contra dispositivos móveis cresceu mais de 120%. Os principais comportamentos que estimularam a ação dos hacker foram o aumento do uso da internet, do acesso aos serviços de internet, mobile banking (serviços bancários virtuais), aumento das compras online, adoção em larga escala do trabalho remoto e ansiedade por informações sobre a covid-19.

No ano anterior, as maiorias do ataques de phishing abusaram do assunto da covid-19 para extrair informações como: dados pessoais, credenciais de contas online e, principalmente, senhas bancárias. Umas das estratégias que a Kapersky utilizou para encontrar a origem das invasões, foi observar as informações sobre ofertas de máscaras e álcool gel, assim, identificaram a trajetória dos invasores. Falsas inscrições em programas sociais como auxílio emergencial e cadastro PIX, também foram alvos de fraudes.

“Apesar do alto índice, vale destacar uma queda importante em relação a 2019. Naquele ano, mais de 30% dos brasileiros haviam tentado, ao menos uma vez, abrir um link que levava a uma página de phishing, dez pontos percentuais a mais do que em 2020. Isso mostra que as campanhas e alertas sobre esse tipo de golpe têm deixado as pessoas mais atentas, mas não significa que não precisamos evoluir, pois as estatísticas permanecem muito ruins”, diz Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.

Acima da média mundial

O número de brasileiros vítimas de phishing é de 20%, 7% a mais da média mundial de 13%. Para Fábio, o motivo da diferença pode ser a dificuldade dos internautas em reconhecer um correio falso. “Uma pesquisa mostrou que cerca de 30% dos brasileiros não sabem reconhecer uma mensagem de correio eletrônico falsa”, salienta.

Como se proteger?

Fábio pontuou que hoje em dia, navegação na internet é uma coisa semelhante a pisar em ovos. Segundo as orientações do especialista, é importante se certificar antes de clicar em qualquer link, conferir o endereço do site para o qual será direcionado e assegurar- se que trata-se de um site genuíno Observar também se o nome do link na mensagem não aponta para outro hyperlink. Em caso de mensagens por e-mail, verificar se o remetente é legítimo.

Não clicar em links contidos em e-mails, SMS, mensagens instantâneas ou postagens em mídias vindos de pessoas ou organizações desconhecidas, com endereços suspeitos ou estranhos. Caso não tenha certeza de que o site da empresa é real e seguro, não inserir informações pessoais.

Analisar cuidadosamente o endereço da página antes de completar um cadastro que solicita dados confidenciais. Se o link consiste em um conjunto de caracteres sem sentido ou a URL conter erros ortográficos, não enviar informações ou efetuar pagamentos. Ter uma solução de segurança comprovada com tecnologias antiphishing baseadas em comportamento também pode ser uma boa opção.

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