A adoção do trabalho remoto dos servidores públicos gerou ao governo federal um economia de cerca de R$ 1 bilhão. No período de abril a agosto deste ano, houve uma redução de R$ 161 milhões nos pagamentos de auxílio e R$ 859 milhões em gastos de custeio.
“Parte dos servidores está em teletrabalho desde o início da pandemia. Fizemos o acompanhamento mensal dos gastos de custeio e verificamos a diminuição em itens como diárias, passagens e despesas com locomoção e também com energia elétrica, água e esgoto”, explica o secretário de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do ME, Cristiano Heckert. “Os recursos economizados em gastos administrativos podem ser destinados ao atendimento direto da população”, complementa o secretário.
Os números acima foram divulgados pelo Ministério da Economia. Ainda segundo a pasta: a economia em 5 meses com diárias, passagens e despesas com locomoção chegou a R$ 471.251.670,72. Com serviços de energia elétrica, a redução de gastos foi de R$ 255.547.553,27. A economia com serviços de cópias e reproduções de documentos alcançou R$ 9.732.645,44. E a redução de gastos com serviços de comunicação em geral atingiu R$ 89.565.596,69 e com serviços de água e esgoto, R$ 32.942.306,94.
O regime de teletrabalho foi orientado pela Instrução Normativa (IN) nº 28. A norma estabelece regras para a concessão do auxílio-transporte, do adicional noturno e dos adicionais ocupacionais aos servidores e empregados públicos que estejam executando suas atividades remotamente ou que estejam afastados de suas atividades presenciais. Com a regra, a economia foi de R$ 161.452.701,82 aos cofres públicos entre abril e agosto deste ano.
Trabalho Remoto
Na intenção de ampliar e normatizar a adoção do trabalho remoto, a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital (SGP/SEDGG) publicou, no fim de julho deste ano, a Instrução Normativa nº 65.
“Estamos tornando o processo de solicitação do teletrabalho mais simples e menos burocrático. Com isso, ganharemos eficiência, transparência e controle da sociedade”, afirma o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart.
Cabe aos órgãos da Administração Pública Federal definir a implementação do programa. Empregados públicos, comissionados e temporários também podem adotar o regime de teletrabalho, mas cabe a cada órgão definir quais atividades serão realizadas a distância.