
O setor de educação privada no Brasil enfrenta um novo ciclo de reajustes significativos nas mensalidades para 2026, com aumentos próximos a 10%. Este cenário tem levado as famílias a avaliarem com maior rigor o custo-benefício e a exigirem mais qualidade e valor agregado, especialmente no ensino de línguas como o inglês.
De acordo com Maria Xavier, gestora da Fluencypass for School, o aumento pressiona as escolas a investirem em diferenciais pedagógicos. “As famílias naturalmente esperam que o investimento maior se traduza em melhorias concretas. Isso eleva as expectativas e torna os pais mais rigorosos na avaliação da qualidade oferecida”, explica.
A busca por proficiência real em inglês tem se tornado um fator decisivo na escolha das escolas, refletindo uma tendência de priorizar métodos inovadores, professores qualificados, tecnologias educacionais e currículos alinhados às demandas do mercado. Além disso, as famílias também valorizam propostas que incluam desenvolvimento de habilidades socioemocionais, atividades extracurriculares de qualidade e infraestrutura moderna.
Por outro lado, o reajuste pode ampliar a exclusão de famílias com menor poder aquisitivo, reduzindo a diversidade socioeconômica nas salas de aula e aumentando a evasão em instituições que não conseguem justificar o valor cobrado com uma proposta pedagógica clara e resultados mensuráveis.
“O reajuste funciona como um filtro. Escolas que não entregam valor percebido suficiente correm risco de perder alunos para alternativas mais acessíveis”, afirma Maria Xavier.
Para 2026, a expectativa é que a pressão por qualidade acelere reformas curriculares e investimentos em inovação, exigindo que as instituições demonstrem retorno concreto sobre o investimento das famílias, especialmente no ensino de idiomas. “O ensino de inglês terá que sair do superficial para garantir fluência comprovada, exigindo um salto tecnológico e metodológico”, finaliza a gestora.




















